Celebração das Funções da Sexta-Feira Santa

A Igreja recordou nesta Sexta-feira Santa a Paixão e Morte de Jesus. Neste dia, não houve missa em nenhuma parte do mundo, mas a celebração das “Funções”, que tem origem numa tradição muito antiga da Igreja, que remonta os primeiros séculos.

Foto: Wesley Almeida

A celebração da Paixão do Senhor, constituída pela liturgia da palavra, a adoração da cruz e a comunhão eucarística, foi um convite à intercessão por aqueles que sofrem e um clamor ao sangue de Cristo para que se vença nas famílias e nas comunidades eclesiais todo espírito de divisão.

O vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias, Pe. Wagner Ferreira, conduziu um momento fervoroso de oração diante da cruz de Cristo, clamando a graça da libertação dos vícios e pecados, pedindo a Deus a cura que, humanamente, somos incapazes de conquistar.

Foto: Wesley Almeida

A Igreja aos pés da cruz de Jesus

Hoje é o dia em que a Igreja se coloca diante do Cristo crucificado. “Ela não é indiferente à morte de Seu divino esposo. É solidária a Ele no mistério de Sua entrega de amor, participa da manifestação de Sua divina misericórdia. A celebração é um convite para que nos confiemos à misericórdia divina, que cancela o decreto da eterna condenação.”

Jesus, eu confio em vós

“Confiar no poder da cruz redentora de Jesus é se aproximar do trono da graça. A confiança na misericórdia do divino esposo nos leva a colocar nas chagas do Senhor nossas feridas, dores, angústias, medos, aquilo que nos aprisiona. Os sofrimentos da sua família, as situações difíceis que vivemos, coloquemos na chaga de Cristo pregado na cruz. Diante desse amor de Jesus, ninguém pode se dar o direito de estar perdido. O pior pecador da face da Terra é alcançado pela misericórdia de Deus.”

Foto: Wesley Almeida

A redenção pela obediência

“Se verdadeiramente queremos ser beneficiados pela graça redentora de Jesus, é preciso, pela fé, obedecer a Cristo. É a entrega da nossa vontade, muitas vezes rebelde, que seduz os nossos corações. Jesus tornou-se causa de cura a todos aqueles que lhe obedecem. Como profetizou Isaías na primeira leitura, é a morte do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Peçamos ao Senhor um coração solidário e, assim, seremos beneficiados por Sua graça redentora.”

Oração Universal

Após a homilia, a oração universal uniu os fiéis em intercessão pela Igreja, pelo Papa Francisco, pelo Bispo da Diocese de Lorena, SP – da qual a Canção Nova faz parte – Dom Wladimir, pelos governantes, catecúmenos, judeus, e também por aqueles que foram afetados, de alguma maneira, pela pandemia do novo coronavírus.

Em silêncio, num clima de recolhimento e revisão de vida, a celebração foi encerrada, num tom penitencial, mas também de gratidão a Deus por Sua grande entrega de amor, que garantiu a todo aquele que crê, a vitória sobre a morte.

Thaysi Santos

Assessoria de Comunicação
Santuário do Pai das Misericórdias