Como está o seu agir diante do amor misericordioso de Deus por você?

Caríssimos irmãos em Cristo,

A paz!

A liturgia de hoje nos direciona para o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo e quer ressaltar o Seu grande e infinito Amor por cada um de nós.

Depois de vivermos com Jesus um processo de conversão na quaresma, onde colocamos em suas mãos toda a nossa vida, falhas, imperfeições e limites, chegamos ao momento de declararmos que Ele é Rei, isto é, Rei de tudo isso que diz respeito a nós.

domingo de ramos na cnNós somos servos amados do nosso Rei Jesus Cristo. A celebração de hoje, que é comumente chamada de “Domingo de Ramos”, pretende apresenta-lo como Ele realmente é. Ao ouvirmos o primeiro Evangelho, que indica como foi a entrada de Jesus em Jerusalém, percebemos que aquele povo o havia reconhecido como Rei, mas não tinha entendido exatamente em que consistia esta realeza.

Jesus não é rei da forma que eles estavam entendendo, e hoje poderíamos também dizer que o seu reinado não possui o mesmo significado e visibilidade que entendemos dos reis do nosso tempo.

Ele é um Rei completamente diferente dos reinos contemporâneos. Seu reinado não é para a guerra, mas para a paz, não possui armas bélicas, bens materiais de infinito valor, não se interessa por grandes fortalezas com soldados, e nem se dá pratica de conquistas territoriais, ao

contrário, Ele é o Príncipe da Paz, Conselheiro admirável. Sua luta consiste em querer que cada ser humano o conheça e faça uma verdadeira experiência com o seu amor. Seu desejo é reinar em nossos corações e ali habitar para sempre.

Jesus é Rei de um Reino atemporal, Reino Eterno, Reino dos Céus. Ele é Rei de nossas vidas, é um Rei que nos salva e nos ama incondicionalmente.

A liturgia deste dia tem ainda a intensão de nos lembrar desse Deus que abrindo mão de sua condição divina se rebaixa à condição de homem, “o Verbo se faz carne e arma sua tenda no meio de nós”. Ele nos revela a vontade do Pai, nos resgata, quer nos curar e libertar dos laços da morte. “E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia” (Jo 6,39).

O que fazer diante deste amor?

Cada um é livre para responder esta questão, mas ouso dizer que precisamos aprender a amar como e com Jesus. Aprender com sua Palavra, prestar atenção no que ele nos diz e nos ensina.

A segunda Leitura diz que ele conforta os abatidos (Is 50,4). De forma prática, será que não devemos aprender com Deus a confortar os nossos irmãos que sofrem?

Deus que tanto bem faz a cada um de nós, que perdoa, consola, que cuida, quer nos ensinar nesta liturgia que não devemos ficar apegados a coisas, a pessoas, a situações e nem a nos mesmos.

Ele, exemplo de humildade e fidelidade, não se apegou a sua condição divina, não ficou preso na situação de traição de Judas, foi humilhado, e esvaziou-se até a última gota de sangue, simplesmente porque nos ama.

Neste domingo peçamos ao Senhor a graça da humildade. Ele que “humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte e morte de Cruz” (Fl 2,8).

Aprendamos com Cristo a sermos humildes, mansos e amorosos e assim possamos estar firmes em seu seguimento até o dia que efetivamente nos chame para o Seu Reino.

Deus abençoe,

Padre Evandro Lima
Administrador do Santuário do Pai das Misericórdias

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