O tempo do advento está por se encerrar, hoje será acesa a quarta vela, a caminhada litúrgica mostrou que em cada passo a luz do Senhor foi se intensificando.
Que exemplo posso seguir? 4º Domingo do Advento
Mq 5,1-4a; Sl 79; Hb 10,5-10; Lc 1,39-45
Iluminados pelo Senhor e sua Palavra a leitura da profecia de Miquéias revelou que da cidadezinha chamada Belém vem Aquele que dominará Jerusalém e até houve um tempo de abandono, mas chegaria o momento em que uma mulher devia dar à luz, esse filho iria fazer os irmãos voltarem, esse filho iria apascentar com a força do Senhor, e por fim esse filho traria a paz aos homens. É evidente que pode-se identificar essa mãe e esse filho, Maria e Jesus. A mulher deu à luz o Filho de Deus, Jesus Cristo, deu à luz a Luz que ilumina os pecadores, Luz que ilumina os fracos, Luz que faz voltar ao bom caminho todos aqueles que d’Ele se aproxima.
No Evangelho Maria recebeu a visita do anjo Gabriel, este lhe disse que o Senhor encontrou nela graça e por isso seria a mãe do Salvador, a tal profecia de Miquéias se vê na vida de Maria. E hoje a cena trata-se de Maria que ao ter recebido a graça e a responsabilidade de gerar o Senhor para a humanidade, partiu para a visitar sua prima Isabel. Mas foi apenas uma visita? O Evangelho diz que ela partiu apressadamente, pois precisava se vangloriar de ser a mãe do Salvador? Não, partiu para servir, partiu para anunciar a boa nova, Jesus Salvador. Maria tinha pressa para servir, tinha pressa para anunciar o Salvador. E que cena! Maria chegou na casa de Isabel e o menino (João Batista) pulou no seu ventre, a alegria deve ser uma das marcas do cristão, alegria esta que Maria também expressou no Magnificat.
Pressa em servir da parte de Maria, servir que também significa amar. Servir e amar com certeza fizeram parte da vida da Mãe do Senhor, valores que não passam e valores que Jesus recebeu na sua educação. Claro que Jesus pela graça do Pai, cheio do Espírito Santo viveu o ministério pelos seus próprios méritos, mas Jesus teve também o exemplo de casa através de seus pais, José e Maria homem e mulher da disponibilidade e do serviço. Na carta aos Hebreus (10,5-10) o autor sagrado apresentou exatamente o tipo de sacrifício que agrada a Deus, o sacrifício da própria vontade, o dom de si mesmo. Vários santos e santas se ofereceram a Deus por causa do exemplo por excelência de Jesus Cristo. Jesus ofereceu o Sacrifício que agradou o Senhor a sua própria vida por amor.
Contudo a liturgia desse dia que guia nossa semana apresenta o carinho de Deus para com a humanidade. Que carinho é esse de Deus? Ele é luz, e para essa Luz vir ao mundo Ele precisou contar com uma mulher, claro que Deus não era dependente de Maria mas contou com sua disponibilidade e liberdade. Maria tem pressa de servir e de apresentar o Senhor. Jesus aprendeu tão bem pelos exemplos de casa e por graça do Alto que viveu a vontade do Pai no sacrifício da própria vida. Que nós possamos deixar que Deus seja Deus em nossa vida, que a exemplo de Maria nós sejamos disponíveis, dóceis e nos coloquemos à serviço de Deus como oferta agradável. O exemplo por excelência vem de Jesus que recusou as glórias deste mundo, veio numa família simples, nasceu num lugar “sem tanta importância”(aos nossos olhos, para Deus era um lugar importante), mesmo com o poder de ser divino foi humano, mesmo tendo condição de oprimir optou por servir, mesmo na condição de condenar preferiu amar e salvar. Diante dessas atitudes de Jesus que a nossa resposta seja de acolhê-Lo e imitá-Lo.
Pe. Marcio Prado
Deus abençoe você!