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O amor é a alma da reparação
A reparação é fundamentalmente um ato de amor. Esse carisma da reparação é antigo e sempre novo. Antigo, porque, desde quando os nossos primeiros pais pecaram, desobedecendo a ordem de Deus Pai, surgiu a grande necessidade da reparação (cf. Gn 3,6-7). Até que chegasse a plenitude dos tempos com o anúncio do Anjo, em que Nosso Senhor Jesus Cristo, o grande reparador, encarnou-se no ventre da Virgem Maria, nosso Pai celeste enviou homens e mulheres que, por virtude do Espírito Santo, buscaram implantar a reparação nos corações humanos. Eles convidavam, constantemente, a humanidade a voltar-se para Deus, a pedir perdão dos pecados, sobretudo, confiando no Seu amor misericordioso, que sempre está disposto a perdoar e a reconstruir a pessoa humana, desde que se tenha um coração contrito e arrependido.
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O carisma da reparação é sempre novo e atual, pois, como pessoas pecadoras e frágeis, sempre precisaremos reparar nossos pecados. A partir da encarnação de Jesus, sobretudo na Sua Paixão e Morte, Ele convida todo o gênero humano a viver este carisma, acolhendo, primeiramente, Seu amor demonstrado até as últimas consequências. Por meio desse acolhimento, tornamo-nos um só com Ele, associando-nos à Sua obra redentora.
O amor é a alma da reparação, como Jesus nos mostrou; portanto, nossas orações e sacrifícios oferecidos a Deus por nós próprios, por nossos familiares, amigos e pela humanidade, transformam-se em reparação, desde que estejam fundados no amor a Jesus. Sendo assim, nossas orações e sacrifícios se tornam redentores, ou seja, por meio deles, associamo-nos à economia da salvação de Jesus, até que Ele volte, na Sua última vinda gloriosa. Sobre essa realidade, Nossa Senhora disse quando apareceu em Fátima, Portugal, para os pastorinhos em agosto de 1917: “Rezai, rezai muito, e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas.” (Memórias da Ir. Lúcia, p. 179)
A ofensa ao coração de Jesus e de Maria
Maria apareceu em Fátima, de maio a outubro de 1917, como fiel mensageira do Altíssimo, trazendo, em suas doces e graves palavras, a fé na misericórdia de Deus, que está sempre disposto a perdoar o homem arrependido; a esperança de que a humanidade levasse a sério os seus apelos urgentes, assumindo o carisma da reparação por meio da oração e de sacrifícios oferecidos a Deus; e o amor aos princípios evangélicos de Seu Filho Jesus, para que, com o coração centrado n’Ele, a humanidade reencontre a graça da paz, constantemente ameaçada por ideologias diabólicas.
Nossa Senhora enfatizou sobre a necessidade de fazermos reparação em todas as suas aparições, afirmando, na aparição de outubro, que Deus estava muito ofendido por causa dos pecados da humanidade: “Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido” (Memórias da Ir. Lúcia, p. 181).
Em Pontevedra, Espanha (1925), Nossa Senhora apareceu novamente para Irmã Lúcia, última vivente dos três pastorinhos de Fátima, quando ela estava no convento das Doroteias, para revelar como o seu Coração Imaculado queria reparação. Dessa vez, apareceu com o Menino Jesus, que foi o primeiro a mostrar como o Coração de Sua Santíssima Mãe estava ofendido: “Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar”. E a Virgem Maria prossegue com o diálogo:
“Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que, durante cinco meses, ao primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem quinze minutos de companhia, meditando nos quinze mistérios do Rosário, com o fim de Me desagravar, eu prometo assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”. (Memórias da Ir. Lúcia, p. 192)
Essa aparição é muito importante, pois, a partir dela, compreendemos que, ao oferecer a Deus atos reparadores, nós O consolamos e também consolamos o Coração de Maria Santíssima, ofendido diretamente e indiretamente por nós, pecadores. Diretamente, pois são muitas as blasfêmias cometidas contra o Seu Imaculado Coração, como Jesus revelou à Ir. Lúcia. “Minha filha, são cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.
1. As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
2. Contra a sua Virgindade;
3. Contra a maternidade divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;
4. Os que procuram publicamente infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
5. Os que a ultrajam diretamente nas suas sagradas imagens.”
(Carta da Ir. Lúcia ao Pe. José Bernardo Gonçalves, SJ, 12.6.1930, no livro A Grande Promessa, pp. 31-32)
Os pecados que atingem indiretamente o Coração Imaculado de Maria são todos aqueles praticados contra o próprio Deus, pois, uma vez que Maria Santíssima é Imaculada, todo pecado contra Deus a atinge.
Nessa aparição de Pontevedra, vemos que Nossa Senhora faz um apelo para encarnarmos o carisma da reparação através de atos reparadores centrados em Cristo, para consolar o Seu Coração Imaculado. Os atos reparadores são estes: a Confissão, a Eucaristia, a oração do Santo Terço e a meditação dos mistérios da vida de Cristo contidos na Sagrada Escritura. Isso nos leva a crer que em Maria tudo é relativo a Cristo, e que Jesus se fez Homem em seu ventre, para nos dar um coração novo, capaz de amar e reparar nossos próprios pecados e os do nosso próximo.
Convidamos você a abraçar essa espiritualidade reparadora a pedido de Jesus e Maria, fazendo-se presente no Santuário do Pai das Misericórdias nos primeiros sábados de cada mês a partir das 10h. Em novembro será no dia 4.
Rezaremos o Santo Terço contemplado, seguido de uma catequese sobre a espiritualidade de Fátima; depois, teremos os 15 minutos de Meditação da Palavra. Concluiremos este momento com uma Missa votiva a Nossa Senhora, às 12h. O primeiro ato reparador a ser vivido deve ser a confissão, para recebermos a comunhão em estado de graça.
Para confessar-se, o peregrino pode ir aos nossos confessionários ou onde lhe for mais acessível. Confira os horários no nosso site: paidasmisericordias.com.
Se você já vive a Devoção Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados e quer testemunhar as graças que tem recebido a partir desta espiritualidade, envie o seu testemunho para o e-mail acolhida@paidasmiericordias.com
Que, em tudo, possamos reparar o Imaculado Coração de Maria!
Áurea Maria
Comunidade Canção Nova[:]