4º dia da Oitava da Páscoa
Partilha da Palavra: At 3,1-10; Sl 104; Lc 24,13-35
Pedro e João, após receberem o Espírito Santo, tornam-se, junto com os demais apóstolos, anunciadores da fé em Cristo e da Sua Ressurreição. Como de costume, iam para o templo para rezar às três da tarde. Os apóstolos aprenderam com o Mestre tantas coisas, e aprenderam ainda a disciplina. É importante ter um horário para rezar e para estar com Deus.
Quando os apóstolos foram rezar, encontraram um coxo de nascença, que vivia de esmolas e estava ali à porta do Templo. Quantas pessoas, hoje, ainda estão doentes e estão tão próximas do templo, mas não entram, porque são impedidas ou porque já se acostumaram com a “vidinha” de mendigar!
Pedro e João olharam bem para o coxo, que estava à espera de receber algo, porém, os apóstolos não tinham algo material a oferecer, então, ofereceram Jesus. Na mesma hora, o homem se levantou, andou, pulou e louvou a Deus. Para os judeus, dar esmola equivale a fazer uma oração, e os apóstolos fizeram uma belíssima oração ao oferecerem a Esmola, Jesus.
É muito bom darmos coisas para as pessoas, é muito bom fazermos a nossa oração ajudando os pobres e entidades de caridade. Vamos fazer sempre essa oração. Não nos esqueçamos, porém, de oferecer Jesus para as pessoas, pois Ele salva, Ele cura e concede a vida eterna àqueles que O acolhem.
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Jesus concede vida, alegria e o principal: a Vida Eterna àqueles que O acolhem. Foi o que ouvimos em outro relato da aparição do Senhor Ressuscitado, pois a famosa passagem dos discípulos de Emaús trouxe, novamente, alegria e esperança àqueles homens.
Se estivermos firmados nos pilares da Palavra e da Eucaristia, passaremos por qualquer prova. Nada é capaz de derrubar alguém que está firmado em Cristo Palavra, em Cristo Eucaristia.
Estavam tristes, cabisbaixos, porque apenas souberam que o Senhor estava vivo, mas ainda não tinham feito uma experiência com Ele. Jesus foi muito pedagógico, como sempre: primeiro, chamou à atenção: “mas não estava escrito…” E o Senhor fez um caminho com eles com as Escrituras. Quando os discípulos se deram conta, estavam voltados para aquele “forasteiro”, e não queriam deixá-lo partir: “Fica conosco!”. Com o coração inflamado, Jesus partiu o pão com eles, então, seus olhos se abriram. Assim como Madalena, que primeiro ouviu e, depois, viu que era o Senhor, assim aconteceu com esses discípulos, que, após ouvirem a Palavra de Jesus e o partir do pão, enxergaram que era o Senhor.
Vamos permitir que o “Forasteiro” que o “Peregrino” do Pai caminhem conosco, vamos entrar na Sua escola, a escola da Palavra e a escola da Eucaristia. Escola da Palavra, da leitura, da escuta atenta. Não é à toa que, primeiro, ouvimos a Palavra quando rezamos a liturgia, e só depois participamos do outro banquete: a Eucaristia.
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Neste tempo, vamos nos organizar para lermos a Palavra, estudarmos, orarmos com ela. Vamos participar da Missa ainda que pelos meios de comunicação, e nos alimentarmos, para que, fortalecidos, enfrentemos as vicissitudes e intempéries da vida.
Se estivermos firmados nos pilares da Palavra e da Eucaristia, passaremos por qualquer prova. Nada é capaz de derrubar alguém que está firmado em Cristo Palavra, em Cristo Eucaristia.
Padre Márcio Prado
Vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias
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