A importância do sacramento da confissão
O tempo quaresmal chegou, e com isso devemos nos preparar bem. O sacramento da confissão é um meio muito eficaz para essa preparação. É de suma importância a todos os cristãos fazer um bom exame de consciência e procurar um sacerdote para confessar os seus pecados.
- A perda do sentido do pecado
E você poderia se perguntar, mas “Se Deus é amor e tudo perdoa, por que eu preciso me confessar?”. O Papa São João Paulo II, na Quaresma de 1979, diz que a raiz do mal está no interior do homem. Por isso o remédio parte também do coração. É até aqui que o Senhor nos quer conduzir, para dentro de nós. Mas como havemos de arrepender-nos se não nos sentimos pecadores?
As Sagradas Escrituras nos ajudam e nos advertem com estas palavras: “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós (1Jo 1,8).
Os santos sempre se consideravam grandes pecadores. O próprio Cura d’Ars teria passado a maior parte dos seus fecundíssimos 40 anos de sacerdócio com uma preocupação por vezes obsessiva de encontrar tempo suficiente para fazer penitência pelos próprios pecados.
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O Papa São João Paulo II dizia aos pastores da Igreja: “Não tenhais medo de chamar os homens de hoje às suas responsabilidades morais”, Entre tantos males que aflige o mundo contemporâneo, o mais preocupante é constituído por um tremendo enfraquecimento do sentido do pecado. Há uma perda da dimensão moral da existência. Em alguns setores da humanidade, desapareceu quase por completo a consciência moral.
Por fim, a perda do sentido do pecado está, pois, associada ao abandono de Deus. Nesta atitude tão generalizada está o grande pecado dos nossos dias, que nos cega para todos os outros.
- Qual a importância do sacramento da confissão?
É importante salientar que quem peca ofende a honra de Deus e o Seu amor, a sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus. Aos olhos da fé, não existe mal mais grave do que o pecado, nada tem piores consequências para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo (CIC 1487-1488).
Em linhas gerais, o sacramento da penitência é o encontro com a Misericórdia de Deus, é a festa do pecador arrependido.
A Constituição Dogmática Lumen Gentium n° 11 afirma que “o pecador que se aproxima do Sacramento da Confissão recebe de Deus a Misericórdia Divina e o perdão da ofensa feita”. E Cristo confiou o exercício do poder de absolver os pecados ao ministério apostólico.
Na confissão, Jesus convida todos nós a trilhar um caminho de conversão, o caminho de volta ao Pai, da qual a pessoa se afastou pelo pecado.
Segundo São João Paulo II, a confissão é insubstituível na vida cristã, não pode ser desprezado nem omitido, se quer que o germe da vida divina se desenvolva no cristão e dê todos os frutos desejados.
O principal fruto e efeito deste sacramento é restituir em nós a graça de Deus e em unir-nos a Ele numa amizade perfeita nos ressuscitando espiritualmente e restituindo em nós a dignidade de filhos de Deus (CIC 1468).
Por fim, o penitente, uma vez perdoado, reconcilia-se consigo mesmo no mais profundo do seu ser, onde recupera a própria vida interior. (CIC 1469).