Há uma crise de referência na sociedade hoje. Se voltarmos na história, alguns séculos atrás, vamos encontrar acontecimentos que nos introduziram nesta crise, mas nomeá-los não é o foco aqui. Queria destacar uma consequência de tudo isso: o egocentrismo.
Em busca do humanismo, do sentido da vida e do valor do ser humano, a sociedade acabou caindo em um estado de letargia, que faz o homem se achar o “super poderoso”, o “superman” da atualidade. A maior consequência dessa forma de vida é o homem que vive para si e esquece do seu fim, que é o próprio Deus.
“A pessoa humana, em si mesma e na sua vocação, transcende o horizonte do universo criado, da sociedade e da história: o seu fim último é o próprio Deus, que se revelou aos homens para convidá-los e recebê-los na comunhão com Ele”. Todos carregamos em nós um desejo de Deus, e esse deve nos impulsionar a viver para Deus já aqui na terra. É a capacidade que todo ser humano tem de ser aberto ao transcendente, a Deus criador de todas as coisas, mas o homem mergulhado no egoísmo, nunca será capaz de se abrir para os outros e para Deus.
Maranatha pode ser traduzido como “Vem Senhor Jesus” e significa o grito, a expressão de quem tem sede de Deus. É o grito dos santos que querem ver o Senhor que virá em glória, mas isso só é possível para quem já aqui vive em santidade e a santidade se inicia rompendo com o egoísmo. Santidade é viver para Deus e não para si.
Rompamos com o egoísmo e, na autenticidade, gritemos o Maranatha!
Renné Santos de Sena Viana
Seminarista Comunidade Canção Nova
(Referência: Compêndio de Doutrina Social da Igreja, nº 47)