Ela estava em Caná, na Cruz, no Cenáculo… uma presença discreta e fecunda.
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Maria viveu com inteireza a missão que Deus a confiou, em Caná estava atenta à necessidade do momento, cuidou e confiou apresentando a seu Filho, pois sabia que Ele iria acolher e amar aqueles que estavam a precisar. No Calvário, Maria foi presença silenciosa de amor, de conforto e como não podia tirar seu Filho da Cruz, unia-se à dor dEle. No cenáculo, como mãe, via o medo, a angústia de seus filhos e intercedeu pelas necessidades dos apóstolos, para que o Espírito Santo viesse sobre eles, os fortalecendo e encorajando para a missão da Igreja. Ela que foi a primeira a recebê-Lo, sabia que sem a força do Espírito Santo, seus filhos não poderiam caminhar. Assim a Mãe é conosco, nos conhece e está atenta às nossas necessidades, não nos desampara e intercede por nós, para nos formar e moldar conforme a vontade do Pai.
Ao nascermos aprendemos muitas coisas por imitação, olhando e reproduzindo, assim Ela quer nos educar, conforme o perfeito e puro amor, nos convidando a imitá-la, sendo presença fecunda e atenta aos que nos cercam. É preciso viver essa formação, recebendo da Mãe o auxílio para conseguirmos ir além de nós mesmos e sermos presença para aqueles que estão à nossa volta, buscando ver além do que as aparências querem mostrar, ver o outro e as situações a nós apresentadas com a intenção de acolher e amar.
Quantos são aqueles que estão a sofrer, a carregar suas cruzes e precisando apenas de uma presença sem muito a dizer, um olhar com compaixão, sustentando o outro em sua cruz com amor e oração. Hoje o mundo é desorientado, imediatista e egoísta demais, mas nós cristãos somos chamados ir contra essa correnteza, a ter pressa impelidos pelo amor doação, a exemplo de Maria em LC 1:39 – “Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá.” Ela se pôs a caminho, indo ao encontro de sua prima Isabel, não parou em si mesma, entendeu e viveu o sentido do amor, que é se doar, ser presente de forma inteira e fecunda e não apenas estar presente, ser mais um em meio a multidão.
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Maria viveu em intimidade com o Senhor, cheia do Espírito Santo e compreendeu que é assim que se vive conforme a vontade de Deus, mesmo que as situações sejam adversas. Ela que é a mãe das virtudes, as exerceu sempre em submissão ao Senhor, com humildade, sabendo que embora agisse conforme Deus pedia, só o fazia pela Graça e não por forças humanas. Que a exemplo de Maria, que soube se submeter e pela graça caminhar para cuidar dos que estavam à sua volta, peçamos a Deus para sermos também cheios do Espírito Santo e a cada dia viver a missão que é confiada a todo cristão, amar e se doar.
