Vocação tem tudo a ver com amor. E o amor tem tudo a ver com fazer um presente de si mesmo.
Jesus disse: “Eu vos digo, a menos que um grão de trigo caia à terra e morra, permanece apenas um grão de trigo; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama sua vida a perde, e quem odeia sua vida neste mundo a preservará para a vida eterna. ” (João 12, 24-25)
Nessas palavras, vemos a essência do discernimento vocacional.
Quando damos de nós mesmos, conhecemos quem somos e obtemos a maior alegria e felicidade que podemos ter neste mundo. Passamos a saber de que maneira podemos glorificar mais a Deus neste mundo. É dando que recebemos.
Uma vocação começa com o amor de Deus por nós. Em Seu amor por nós, Deus nos chama para uma forma particular de vida.
Existem basicamente quatro estados de vida na Igreja: Casamento, Vida Consagrada, Sacerdócio e Celibato. Cada um deles é vivido com autenticidade quando o indivíduo doa a si mesmo em resposta a um convite de Deus para viver um amor abnegado.
No Evangelho segundo São João, Jesus disse: “Não me escolhestes, mas eu te escolhi” (Jo 15,16). Sua escolha por nós é o que diferencia uma vocação de uma “ocupação” ou de uma “carreira”.
Podemos escolher uma ocupação ou uma carreira para nós mesmos, mas uma vocação (do verbo latino vocare, “chamar”) é a sua escolha para nós e que Ele nos convida a aceitar, abraçar e empreender por amor a Ele. Sua escolha por nós nunca será contrária à nossa verdadeira felicidade.
Muitas vezes, somos ensinados a perguntar: “O que eu quero ser quando crescer?” ou “Que vida vou escolher?” A melhor maneira de pensar é: “O que Deus deseja para mim?”, “Que vida trará a maior glória a Deus?” e, finalmente, dizer: “Eu quero o que Deus quer porque sei que o que Ele deseja vai dar a Sua maior glória e me dar a maior alegria”.
É vital que encontremos nossa vocação, porque ela vem de Deus e visa nos trazer a realização e a alegria que Ele deseja para nós. Nossa felicidade e, em última análise, nossa salvação podem depender de nossa aceitação da missão que Jesus escolheu para nós. Além disso, a salvação de outras pessoas dependerá de darmos nosso “Sim” completo a Jesus em nossa vocação.
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Kaíque Duarte /@kaiqueduarte
Seminarista Comunidade Canção Nova