São Brás, segundo a tradição, narrado nas Atas escritas no século XI, foi bispo de Sebaste, na Armênia
Seus pais tinham boa condição financeira e propiciaram a ele o estudo da medicina da época. Mas retirou-se do mundo e se dedicou à vida religiosa, penitência e oração, vivendo em uma gruta no monte Argeu.
Quando morreu o bispo de Sebaste, seu antecessor, o povo o aclamou bispo — algo que era comum na época —, tendo sido obrigado a aceitar, embora preferisse manter sua vida de oração e penitência.
Segundo as Atas, o seu palácio episcopal continuou a ser a gruta em que habitava no monte Argeu; de onde descia para a cidade, quando as obrigações pastorais lhe exigiam. Sempre operava milagres em favor dos pobres e doentes.
Se tornou muito popular pela bênção da garganta. O motivo dessa devoção vem do fato narrado na sua Paixão, que relata que: quando ele era conduzido ao martírio, por ser cristão, no tempo da perseguição romana do imperador Licínio (308-326), uma mulher, cujo filho estava engasgado com um espinho de peixe e estava morrendo asfixiado, prostrou-se a seus pés; e o santo, rezando, livrou o menino da morte por sufocação, tendo expelido o espinho.
A partir daí ele passou a ser considerado o protetor da garganta contra qualquer mal, especialmente câncer e enfraquecimento nas cordas vocais por quem usa muito a garganta, especialmente professores, pregadores etc.
São Brás é considerado um dos últimos mártires das perseguições do Império Romano porque, logo em seguida, Constantino proibiu a perseguição aos cristãos.
São Brás foi condenado à morte por não querer renegar Cristo e sacrificar aos ídolos. Disse, diante do Prefeito que o acusava: “Não quero ser amigo deles (os ídolos), porque não quero arder eternamente com os demônios”. Teve suas carnes rasgadas com pentes de ferro. Suportou tantos suplícios até que lhe cortaram a cabeça.
São Brás foi muito estimado em Roma, onde existe 35 igrejas dedicadas a ele. A tradição oral e a liturgia conservam sempre traços fundamentais do seu caráter e santidade. A devoção a ele penetrou fundo no povo cristão.
É um santo costume todos os anos, no dia de sua festa, 3 de fevereiro, receber a bênção da garganta, especialmente para quem anuncia o Evangelho do Reino de Deus. Muitos sofrem com problemas na garganta, que podem ser as infecções causadas por um vírus ou por uma bactéria, como a bactéria estreptocócica. Os sintomas incluem dor intensa, febre, com inflamação e amígdalas vermelhas e inchadas. Além disso, pode haver tosse e rouquidão. Nada melhor do que a bênção dos santos para a nossa proteção.