Liturgia: At 12,24-13,5a; Sl 66; Jo 12,44-50;
Na liturgia de hoje, Jesus, no Evangelho, ensinou pelo menos duas lições: a humildade e a salvação. Tomemos nota da primeira lição, em que Ele ensinava com palavras, com a vida e, como sempre, humildemente apontou – e novamente, na leitura de hoje, aponta – para o Pai: “Quem crê em mim não é em mim que crê, mas crê naquele que me enviou” (Jo 12,44).
“Ele veio salvar”.
Jesus era (é) o Filho de Deus, mas não se arrogou, não se orgulhou de sua filiação e união com o Pai, não nos humilhou por ser Deus, pelo contrário, ele se humilhou, desceu até nós para nos levantar, desceu para nos salvar.
Foi isso que o Senhor falou em seguida no Evangelho, em sua humildade. Ele veio para salvar o mundo (47), ele não veio condenar o mundo. Tomemos nota da segunda lição: “Ele veio salvar”. Na verdade, condena-se aquele que não O acolhe. Como alunos na escola do Senhor, que nós sejamos disciplinados e façamos a “tarefa” de viver a humildade e tomarmos posse da salvação oferecida em Jesus.
Os apóstolos anunciavam o Cristo humilde e salvador, pregavam em nome de Cristo, imitavam-No, e a obra divina se realizava cada vez mais. Como a Igreja de Antioquia estava estruturada com profetas e doutores, Barnabé e Paulo saíram de Antioquia e voltaram para Jerusalém, levaram João Marcos, aquele que escreveu o Evangelho de Marcos.
Em Jerusalém, enquanto celebravam a liturgia o Espírito Santo, disse para separar Paulo e Barnabé, e enviaram para Selêucia, de lá foram para Chipre e Salamina, e então anunciavam a Palavra de Deus.
A Igreja primitiva possuía um grande fervor em evangelizar, uma força física e espiritual, e era dócil ao Espírito Santo. Por isso tiveram tantas vitórias e alcançaram tantas conversões. Nós somos a Igreja do Senhor e precisamos continuar a obra de Cristo. Por isso, hoje, Cristo nos concede o fervor, a força e a docilidade no Espírito Santo, não simplesmente para termos sucesso, aliás, não deve ser esse nosso propósito, mas que, dóceis ao Espírito Santo, façamos o Cristo conhecido e amado.
Por fim, sejamos obedientes ao mandato do Senhor: “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15), pois, no Salmo, rezamos “Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem”. Como as nações poderão glorificar o Senhor? Se O conhecerem, se ouvirem falar e aderirem a Ele. Então, tendo aprendido as lições do Senhor, vamos assumir nossa missão anunciá-Lo, testemunhá-Lo com nossas palavras e com a vida às nações.
Pai das Misericórdias e Deus de toda consolação, ouvi-nos!
Padre Márcio Prado
Vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias
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