O amor de Deus é misericórdia

Pai das Misericórdias, Pai da Misericórdia infinita.

Estamos no Ano Santo, celebrando o dia daquele que é o motivo de tudo, o Pai das Misericórdias. Ele é a origem de tudo. Dele provém o Filho, de quem provém o Espírito Santo. É assim o mistério da Santíssima Trindade. Três pessoas distintas, mas sem se misturar.

E nós estamos no Santuário do Pai das Misericórdias. São poucas igrejas no Brasil dedicadas ao Pai. É Ele que nos consola em todas as tribulações, a fim de que nós consolemos aqueles que passam por tribulações.

Monsenhor Jonas Abib. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Monsenhor Jonas Abib. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

A grande certeza que o Pai nos dá é que Ele é o Pai das Misericórdias. Em hebraico não há superlativo. No português temos: “grande – grandíssimo”, “belo – belíssimo”. Não existe uma palavra para intensificar o sentido de misericórdia, por isso dizemos: Pai das Misericórdias, Pai da Misericórdia infinita.

Todos nós passamos por tribulações. E nós estamos na festa do Santuário do Pai, Ele que está com o coração aberto para acolher as suas tribulações. Jogue tudo isso no coração do Pai e fique com o coração aliviado, porque Ele é o Deus de toda consolação.

Uma vez consolados, consolamos

Pode ser que a sua tribulação não passe. Se você tem, por exemplo, um filho nas drogas, na prostituição… Não depende de Você, depende dele, dela. Então faça isso, coloque tudo nas mãos do Pai das Misericórdias. Ele quer consolar você!

Se você quer uma figura do que é essa consolação do Pai, é como o pai que pega a criança no colo… O Pai quer pegar você no colo e consolá-lo, para que todos nós, consolados por Ele, consolemos todos aqueles que passam por tribulações.

Pode ser que você tenha pessoas doentes em casa. A doença vai minando a pessoa, a dor consome a gente. Pegue no colo, seja como pai, seja como mãe, tenha presença de consolo, porque essa pessoa está precisando de consolo mais do que nunca. Misericórdia é isso! Uma vez consolados, consolamos.

O Pai misericordioso

Estamos no Santuário do Pai das Misericórdias, que tem como ícone o pai do filho pródigo. Aquela passagem do Evangelho que conta a história do filho que, impulsionado por sua aventura, pede a parte que lhe cabia da herança. O pai então divide a herança e esse filho vai embora pra muito longe.

Naquela época não tinha banco, então o pai tinha era bens, propriedades, coisas, vinha, gado… Ele então teve que vender tudo para dividir com o filho, que então sai e gasta tudo. Judeus naquela época não tocavam o porco. O porco era impuro. E esse rapaz era obrigado a cuidar dos porcos!

Tudo isso foi revirando o seu coração, até que um dia ele cai em si e decide voltar para a casa do pai. Repita comigo: “vou voltar para a casa do meu Pai”. Volte, volte para a casa do Pai. O Pai está de braços abertos pra receber você, independente da situação que esteja vivendo.

O filho então resolve voltar e dizer que já não merecia ser chamado de filho, mas de empregado. Talvez você tenha algum filho pródigo que precisa voltar para a casa do Pai. Pode ser que ele esteja muito perto de você, mas longe de Deus.

Monsenhor Jonas preside Santa Missa na Festa do Pai das Misericórdias. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Monsenhor Jonas preside Santa Missa na Festa do Pai das Misericórdias. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Hoje é dia da misericórdia

A grande chance é essa. Hoje é um dia de graça, um dia em que a misericórdia de Deus se derrama sobre nós. Talvez você tenha pessoas totalmente envolvidas no pecado. Hoje é o dia de pedir por essas pessoas, pedir que elas voltem para o Senhor.

O pai todos os dias olhava para o horizonte para ver se o filho voltava. O Pai não despreza ninguém, não esquece ninguém. Talvez você tenha, em algum momento da sua vida, rompido com Deus. Você rompeu, mas Deus não se decepcionou com você.

Então volte e traga a pessoa que você vê que está longe de Deus. Traga de volta à casa do Pai. Um dia, de repente, o pai está lá, olhando na estrada, e ao longe ele enxerga o filho. Ele então vai correndo ao encontro dele.

O filho quer falar, mas o pai não deixa, já vai abraçando o filho, aquele filho que acabou com sua fortuna, com o seu coração. Mas ele agora está contente porque ele voltou. Ele então abraça, chama os empregados… Pede que o vistam com a melhor veste, calçado, anel. Então os empregados obedecem. E o pai diz: façamos festa, porque esse filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado. Se essa pessoa é você, dê o passo logo.

Essa é a misericórdia do Pai. O Pai é a misericórdia e a misericórdia é o Pai. São uma coisa só. Bendito seja Deus, Pai de nosso senhor Jesus cristo, Pai das Misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as tribulações para que, uma vez consolados por Ele, possamos consolar todos aqueles que passam por tribulações.

Em ICor. encontramos a passagem em que São Paulo fala do amor. O amor não é arrogante, escandaloso, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não se alegra com a injustiça, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor de Deus é misericórdia, então onde fala o “amor” você pode trocar por “misericórdia”. A misericórdia tudo crê, tudo desculpa, tudo espera, tudo suporta, a misericórdia jamais acabará.
Vamos cantar juntos: “Confiei no teu amor e voltei, sim aqui é meu lugar, eu gastei teus bens oh Pai e te dou: este pranto em minhas mãos”…

Transcrição e adaptação: Thaysi Santos

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