O perdão chega ao homem, porque o homem chega até Deus

Nesta terça-feira, 21 de março de 2017, o Padre Anderson Marçal celebrou a Santa Missa, às 7h, no Santuário do Pai das Misericórdias.

O sacerdote exortou a cada um a se abrir ao perdão de Deus e do próximo: “Perdoar não é fácil. Pedro pergunta a Jesus hoje: ‘Senhor, quantas vezes devemos perdoar? Até sete vezes?’ Creio que para Pedro não era tão fácil perdoar, por isso, ele quis colocar certo limite. Daí o Senhor diz para Pedro que sete vezes é muito pouco e, sim, setenta vezes sete. Pedro queria colocar um limite no perdão e Jesus diz que o perdão é sem limite.
Na parábola que escutamos hoje, o que nos motiva dar o perdão a alguém é saber que nós somos perdoados. Você se sente perdoado por Deus? Você se sente agraciado com a Misericórdia de Deus? Muitas vezes os nossos escrúpulos não nos permitem experimentar o verdadeiro perdão de Deus, porque muitas vezes podemos até nos achar bons demais e, dependendo da situação ou daquilo que fazemos, nos causam certa ignorância do perdão e da misericórdia de Deus e vamos falar que não somos merecedores. Para isso, peguemos a oração de Azarias que foi lida hoje na primeira leitura: ‘de agora em diante, Senhor, queremos de todo o coração seguir-te, temer-te, buscar a Tua face, não nos deixe confundido,  mas trata-nos segundo a Sua clemência e segundo a Tua misericórdia, liberta-nos com o poder de Tuas maravilhas e torna o Teu nome glorificado, Senhor (cf. Dn 25.41-43)'”.

O Evangelho é de São Mateus: “Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão’ (Mt 18,21-35)”.

Assista a homilia na íntegra:

Confira a liturgia do dia.

Pai das Misericórdias e Deus de toda consolação, ouvi-nos!

 

 

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