Solenidade de Todos os Santos | A verdadeira Pátria é o Céu

Igreja celebra solenidade de Todos os Santos


“Portanto, com tamanha nuvem de testemunhas em torno de nós, deixemos de lado
tudo o que nos atrapalha e o pecado que nos envolve. Corramos com perseverança na
competição que nos é proposta, com os olhos fixos em Jesus, que vai á frente de nossa fé e a leva  à  perfeição” (Hb 12,1-2a).

Ainda que não esteja diretamente relacionada esta referência da Palavra à liturgia de hoje, cabe bem o seu sentido nesta liturgia que a Igreja celebra. Todos os santos são para nós estas testemunhas que, já glorificadas pela vivência fiel de seu batismo, estão em comunhão conosco para que também nós, itinerantes neste mundo rumo ao Céu, não esqueçamos a nossa meta, e transformemos a contingência de nossa vida numa grande ponte cujo alcance final é esta mesma glorificação.

Sem cessar adoram, glorificam, exaltam

1ª Leitura: Apocalipse 7,2-4.9-14
A alegria, o júbilo, a comunhão, tudo numa perspectiva de plenitude é o que Deus
designa e prepara para aqueles que o amam. Toda alegria vivida neste mundo, nesta história nunca será comparada com o que realmente Deus nos reserva na eternidade. Os santificados, nossos irmãos do céu, já vivem esta realidade em plenitude. Sem cessar adoram, glorificam, exaltam Àquele que foi e sempre será princípio e sentido da vida humana. Nossa comunhão com o Céu já nos antecipa esta certeza e nos empenha em sua conquista por uma vida em Deus.

Salmo 23/24
Esta busca constante e certa é exatamente o que caracteriza a
geração dos que
procuram o Senhor.
Procura esta que é fundamentada na certeza do que se alcançará, que
acontece pelas vias da esperança que nos convence que não seremos decepcionados.

2ª Leitura: 1 João 3,1-3
“Na verdade, ó Pai, vós sois Santo e fonte de toda santidade!”. É isto que rezamos na
sagrada liturgia, justamente porque cremos. O Deus Santo e santificador, porque nos ama
incondicionalmente, nos elege e torna-nos assim seus filhos em virtude de seu Santo Filho
Jesus. Viver, portanto, em resposta a esta santidade a que fomos (e somos!) chamados é
perseguir o que de fato seremos em plenitude e santidade, podendo assim vê-Lo como Ele é.

Céu: a verdadeira pátria

Evangelho: Mateus 5,1-12
O caminho, então, a esta plenitude em Deus e com Deus acontece na prática pelo
cumprimento das bem-aventuranças, estas que são proclamações de salvação – muito mais que felicitações!-, a todos quantos aderem à comunidade de fé. Deve está no caráter, e por isso mesmo caracteriza os eleitos de Deus, cada uma destas bem-aventuranças. O evangelista aqui, mostra à comunidade cristã que deve haver uma
práxis ou praticidade que testemunhe a eleição feita por Deus a todos e a cada um dos batizados. A busca da santidade, portanto, deverá mostrar-se em cada testemunho cristão, cuja vida itinerante na limitação histórica, cada vez mais se aponta para o Céu, sua verdadeira pátria.

Pe. Carlos César
Instituto Nova Jerusalém

Deixe seu comentários

Comentário