Conversão

Família converte-se ao Catolicismo e testemunha sua experiência de fé 

Pai, Tua misericórdia me alcançou!

Família testemunha encontro pessoal com Jesus e seu ingresso na fé católica. Iago e Vitor são irmãos gêmeos e fizeram a primeira experiência com Jesus aos 15 anos. Na época, estavam em busca de uma carreira no futebol profissional. Ali, foi o começo de uma nova jornada espiritual. Os pais, Renato e Valquíria, participaram, por muitos anos, na Umbanda; no mesmo período, por outro caminho, também fizeram a experiência com Deus.
Uma história de misericórdia e com o Batismo no Espírito Santo.

 

Da Umbanda para o Catolicismo

Iago e Vitor, atualmente, cursam Educação Física e estão inseridos na missão Jovens Sarados em São José do Rio Preto (SP).  Iago relembra, cheio de fé, como tudo começou: 

“Eu e meu irmão não viemos de família católica. Meu pai foi “pai de santo” por 30 anos. Éramos mais na linha da Umbanda, mas nós também frequentamos o Candomblé. Minha bisavó, por parte de mãe, era católica, uma mulher de muita oração. Eu me lembro dela com o terço nas mãos rezando o rosário. Essa é a única recordação que eu tenho do catolicismo na minha infância. Não me lembro de ter entrado em uma igreja até os meus dezesseis anos. Minha vida, desde pequeno, era ir no centro de Umbanda às sextas-feiras, e nas encruzilhadas com meu pai para fazermos as oferendas. Meu pai e minha mãe incorporavam os guias da Umbanda, e eu ia tomar passe e ouvir os conselhos. E isso sempre foi algo normal para mim e para meu irmão.”

Insônia e Quaresma de São Miguel 

Essa era a realidade espiritual em que a família se encontrava, mas, em um momento da história familiar, Iago relembra: “O meu pai tinha muita dificuldade para dormir à noite. Quando eu tinha 15 anos, o sono do meu pai começou a piorar muito. Ele me dizia que tinha muitos pesadelos, e, quando fechava os olhos, via um cachorro preto, peludo, muito feio e agressivo em nosso quintal. Era como um monstro que queria matar a família.

Muitas vezes, eu acordava de madrugada e encontrava meu pai no quintal de casa assustado, com os olhos arregalados. Eu perguntava: “Pai, o senhor não vai descansar?”. Ele respondia: “Não consigo dormir”. Parecia que, todas as noites, ele ficava acordado para nos defender desse monstro. Mas meu pai não estava mais aguentando, ele estava perdendo a luta! Meu pai trabalhava muito, não descansava à noite, então vivia estressado e estava adoecendo.

Nas noites de insônia, meu pai ficava no celular e, pela Providência Divina, ele encontrou a Quaresma de São Miguel Arcanjo do Instituto Hesed no Youtube – era uma live ao vivo. Ele não sabia o que era, mas achou interessante e clicou. Isso aconteceu em 2018, a Quaresma do Instituto Hesed não era tão divulgada como é hoje. Ele começou a ouvir a Quaresma e, em poucos minutos, dormiu; e dormia a noite toda, sem ter pesadelos. E assim foi por uns dez dias seguidos. Aquilo começou a incomodar o coração dele, porque ele sabia que eram orações católicas que estava fazendo tão bem a ele. Até que o irmão, que estava conduzindo as orações, começou a pregar sobre falsas doutrinas. E, nas orações, ele pedia para renunciar a tudo o que meu pai conhecia e tinha vivido até aquele dia. Então, ele se sentiu ofendido. Desligou o celular e decidiu que não iria mais ver a Quaresma. A oração de São Miguel seria depois da pregação. Ele não fez a oração e também não conseguiu dormir. Voltou a ver o cachorro feio, peludo, preto, tentando nos atacar. Lá pelas cinco da manhã, pediu “pelo amor de Deus!”. Voltou ao ponto que tinha parado, fez as orações e dormiu. E, mais uma vez, sentiu-se incomodado – era nas orações católicas que ele encontrava a paz.

No futebol profissional, uma experiência de fé 

Vitor, irmão gêmeo, conta também sobre esse tempo: Minha mãe também foi, por mais de 10 anos, “mãe de santo”. Fim de semana, a gente saia para fazer o despacho para os guias, para os orixás. Assim foi até que, com 15 anos, eu e meu irmão fomos morar em Águas de Lindóia (SP) para jogar futebol. Lá, eu tive a graça de ter dois grandes amigos cristãos no meu quarto do alojamento. Eles eram protestantes e se reuniam em células. Nas células, que aconteciam no nosso quarto, eles faziam um momento de oração e liam a palavra da Escritura. Ali, eu comecei a ler a Bíblia e ter o primeiro contato com as Escrituras e com a oração. Eles me ensinaram a rezar o Pai-Nosso. Eu comecei a ouvir músicas cristãs e louvores. Senti meu coração se abrir a Jesus. O mais interessante, ou melhor dizendo, divino, foi que, enquanto estávamos tendo essa experiência com Deus através das células e por meio das Sagradas Escrituras, o meu pai estava fazendo uma experiência com Deus através da Quaresma de São Miguel.

O Iago relembra que, quando o campeonato terminou, eles voltaram para casa. Naquele fim de semana, então, ele iria com seus pais ao centro de Umbanda. Um homem, que não sei quem é, chegou perto de mim e de meu irmão, nos olhou profundamente e disse: “Esse lugar não é para vocês, daqui a uma semana, vocês vão para um lugar onde habitam os anjos”. Eu respondi – “Como assim não é pra mim? Eu venho aqui desde pequeno!” . Aí ele confirmou: “Daqui a uma semana, você vai para um lugar onde habitam os anjos, e Deus tem um chamado para sua vida”. E aí eu não entendi nada mesmo! Eu achei que, na verdade, eu ia morrer, porque um lugar que habita os anjos, eu imaginei que era o céu!

A primeira Santa Missa

Quando saímos do centro, meu pai disse: Não vamos mais voltar aqui! Na outra sexta-feira, era feriado de 7 de setembro de 2018. Meu pai pediu para minha mãe ir à missa com ele. Ele disse a ela: “Quero ir nessa missa aqui!”, e mostrou para minha mãe uma missa da Canção Nova que ele tinha visto no celular. Minha mãe disse que a missa da Canção Nova era na Catedral. Eles foram na sexta-feira, e meu pai se sentiu muito bem. No sábado de manhã, ele perguntou se a gente queria ir para a missa no domingo. Domingo, às dez horas da manhã, na Catedral da minha cidade. Aí eu falei: “Pai, macumbeiro não vai à missa, a gente é macumbeiro”. E respondi: “Eu não vou, vou ficar dormindo”.

Vitor relembra também: “A gente achou tudo muito estranho. Na verdade, eu nunca tinha ouvido coisas sobre a Igreja Católica na minha família. Quando ele fez esse convite, eu recusei, porque não era algo que eu queria nem me interessava”.

Iago continua a história: “A primeira missa que meus pais foram foi na Catedral da minha cidade, em São José do Rio Preto (SP). A Catedral é a única igreja de nossa cidade que tem uma relíquia de São Miguel Arcanjo. Tanto é que a Comunidade Canção Nova de Rio Preto faz uma missa lá, todas as terças-feiras, dedicada a São Miguel Arcanjo. É aquilo que diz padre Jonas: “Nada é coincidência, tudo é Providência Divina”.

Nossos pais nos contaram que, terminada a missa, minha mãe foi até o padre e disse: “Padre, nós queremos voltar para a Igreja Católica”. Ela disse isso porque eles foram batizados e se casaram na Igreja. Passados alguns dias, um casal missionário da Canção Nova foi à nossa casa convidando-os para participar do 10º Acampamento de Casais da Canção Nova da nossa cidade. No mesmo instante que nossos pais preenchiam a ficha para o acampamento, o meu telefone tocou. Era um amigo de infância, convidando-me para o meu primeiro encontro de jovens na paróquia São Francisco de Assis, e eu aceitei o convite. É nessa paróquia que, hoje, eu sou missionário da Missão Jovens Sarados. Toda a minha família foi para um retiro da Igreja Católica nesse final de semana. Eu falei: Já que meus pais vão, eu vou também. Lembrei-me daquele rapaz, no centro de Umbanda, dizendo que iríamos para “um lugar onde habitam os anjos”. Eu sei que foi uma profecia de Deus na minha vida. Aos 16 anos de idade, eu estava sentado no banco da Igreja para ouvir a primeira pregação da minha vida.

A experiência com o Espírito Santo 

Iago relata: “Meus pais contam que, no acampamento deles, houve um momento de Efusão no Espírito Santo. O padre entrou com o Santíssimo e meu pai não sabia que era Jesus. Minha mãe conta que, naquele momento de efusão, o meu pai repousou no Espírito e começou a orar em línguas. Naquele dia, meu pai, que era macumbeiro, teve uma experiência profunda com Deus. Ele disse para minha mãe: “Eu nunca senti algo tão bom em toda minha vida, estava cheio de anjos aqui”!

Antes do acampamento terminar, eles tiveram um momento onde cada um contou um pouco do que passou naqueles dias. Então, meu pai disse: “Eu era da Umbanda, e não estava bem. Comecei a fazer a Quaresma de São Miguel Arcanjo, fui em uma missa e estou aqui”. Então, uma missionária disse que aquele acampamento foi consagrado a São Miguel Arcanjo. Mais uma vez, a frase de Monsenhor: “Nada é coincidência, tudo é Providência”.

Vendo que não tínhamos nenhum conhecimento da Igreja Católica, padre Cleyton passou a nos dar catequese. Em menos de um ano, meu pai foi crismado. Minha mãe já era crismada, mas se afastou da Igreja na época da faculdade, e pôde voltar depois de se reconciliar com Deus. Hoje, eles são Ministros da Eucaristia, vão à missa todos os dias e rezam o terço. Devido aos nossos compromissos com o futebol profissional, eu e meu irmão nos crismamos no outro ano. Eu também tive a minha experiência com Deus, tive o meu encontro com Jesus. 

Festas, baladas e curtição não preenchiam o coração

Eu fiz esse primeiro retiro de jovens, mas eu entreguei mesmo a minha vida para Jesus Cristo depois. Antes disso, eu vivia na Igreja, mas de forma pagã, porque os grupos de jovens eram todos assim na minha cidade, os grupos eram “bem bagunça”. Eu ia à igreja, mas também vivia em muitas festas, muitas garotas e muita cachaça. Mas quando voltava das festas, eu me sentia vazio. Aquilo não preenchia o meu coração. É aquilo que o filósofo russo Dostoiévski diz: “Dentro do coração do homem existe um vazio do tamanho de um Deus, e Deus é grande o bastante para preencher o vazio do homem”.

Eu comecei um namoro, na época, achando que isso me preencheria. Mas continuava triste. Comecei a me perguntar: qual é o propósito da minha vida? Por que estou neste mundo? Aí, eu liguei na TV Canção Nova e estava passando uma pregação de Frei Gilson. E aquela pregação começou a mexer comigo. O frei pregava sobre São Francisco de Assis. Falava que São Francisco vivia uma vida muito mundana, mas, depois, ele teve um encontro com Jesus. E Jesus fala: “vai e reconstrói a minha Igreja”, e ele toma posse da palavra. Aquilo começou a remoer meu coração. Eu fiquei com vontade de me confessar. E eu fui lá na Canção Nova me confessar. Era o padre Marquinhos na época. Eu me confessei com ele e falei: “Padre, eu tenho medo de largar as festas, eu tenho medo de largar o sexo com a minha namorada, eu tenho medo. Eu acho que eu não vou conseguir”. E o padre me falou: “Filho, não é impossível para aquele que crê em Deus, para aquele que tem fé”. Eu fiquei com aquilo na cabeça.

No domingo, fui comungar na catedral da minha cidade. Quando eu comunguei, Jesus Cristo, vivo na Eucaristia, em estado de graça, foi a maior experiência que eu tive na minha vida! Eu tive uma experiência arrebatadora com Deus. Eu vi a Virgem Maria que me abraçava e falava: “Filho, você voltou para a casa do Pai”. Eu comecei a orar ali, e lembro que, depois daquela comunhão, eu nunca mais fui o mesmo.

Ali, naquela comunhão, eu tive a minha experiência. A minha primeira experiência de oração em línguas – eu nem sabia o que era, porque, nessa época, eu não participava da Renovação Carismática. Eu lembro que, quando eu levantei, haviam poucas pessoas na catedral, eu não sei quanto tempo eu fiquei orando ali naquele dia. Eu sei que eu saí daquela missa não querendo mais ser a mesma pessoa. Eu terminei o namoro e comecei a minha caminhada com Jesus. Eu e meu irmão somos pregadores do Evangelho, somos missionários. Eu sou catequista também, e posso dizer como o profeta Josué: “Hoje, eu e minha casa servimos ao Senhor!”. Pela graça de Deus, somos católicos, e somos muito felizes!

Vitor explica como foi sua conversão: “Eu fiz o retiro, tive uma grande experiência com Deus e gostei bastante! Decidi, realmente, me tornar católico a partir daquele momento. Comecei a fazer a catequese, a buscar compreensão daquilo que Deus queria para minha vida. Porém, eu não tinha muita compreensão. Eu continuava nas festas, nas drogas e muita bebida. Voltar bêbado de uma festa não me trazia felicidade. Sentia um vazio. Nessa época da minha vida, eu estava passando por um momento de depressão.

Um dia, saí de uma balada e vi uma pregação no Youtube. Aquela pregação falou muito ao meu coração:“Voltar ao projeto original”, e quem pregou foi o Moisés Rocha. A partir dessa pregação, eu resolvi entregar minha vida totalmente para Jesus. Fui me confessar, comecei a viver uma vida em Deus, nos caminhos do Senhor. Foi aí que eu conheci a Missão Jovens Sarados, pela graça de Deus! E estou aí até hoje!

Eu venho buscando uma vida agora em Deus, buscando santidade, e vivendo os propósitos daquilo que Deus tem para minha vida. Nossa conversão teve a intercessão de São Miguel Arcanjo. Onde meu pai fez a Quaresma de São Miguel, o acampamento estava consagrado a São Miguel; a primeira missa que minha família participou foi na Catedral, que é a única igreja que tem a relíquia dele. Hoje, pertencemos à paróquia São Francisco de Assis, o santo que iniciou a Quaresma de São Miguel, o Santo que Frei Gilson pregou para a conversão do Iago. A comunhão dos Santos intercedeu
para nos levar de volta a Jesus”.

E a parábola do filho pródigo se atualiza!

 

Comunicação Santuário do Pai das Misericórdias

 

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