RETORNO

O perdão nos devolve a vida!

O perdão caminha ao lado da esperança

Se olharmos para a história pessoal de cada um de nós, vamos encontrar diversos momentos em que fizemos escolhas erradas ou que ferimos aqueles que passaram pela nossa vida. Também nós, com os nossos familiares, amigos e tantas outras pessoas, fizemos a experiência de ser perdoados. Um dia, todos nós fomos ou seremos alvos da misericórdia. Se pensarmos por esse lado, veremos que o perdão não é algo distante da nossa vida, pelo contrário, no instante que pedir perdão e perdoar não mais fizer parte da nossa vida, estaremos caminhando para uma vida com entulhos. As situações não serão resolvidas e, num certo momento, o peso dos entulhos serão incapazes de carregar.

“Deus jamais se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão.” | Foto ilustrativa: cancaonova

O perdão caminha ao lado da esperança. Uma pessoa que muito foi perdoada, que nos momentos necessários soube pedir perdão, é uma pessoa que caminha com leveza e cheia de esperança. Basta olhar para a nossa vida com Deus. Constantemente somos, por Ele, perdoados; e constantemente precisamos pedir perdão a Ele pelo pecado que cometemos. O verdadeiro relacionamento com Deus é o grande modelo de uma vida marcada pelo perdão.

Nos ensina o Papa Francisco: “O perdão é uma força que ressuscita para nova vida e infunde a coragem para olhar o futuro com esperança” (Misericordiae Vultus, n. 10). O perdão nos devolve a esperança! Basta olhar para o Filho Pródigo (cf. Lc 15, 11-32), ele não tinha mais nada, não tinha perspectiva de vida, não tinha salvação, mas, no instante que foi perdoado pelo Pai das Misericórdias, ele recebeu de volta a esperança de vida que havia perdido. Ele recebeu novamente a salvação. O perdão nos devolve aquilo que a falta de perdão nos rouba. E uma das coisas mais importantes que o perdão nos devolve é a esperança, seja para quem perdoou, seja para quem foi perdoado. Ele devolve a vida que estava caminhando para a morte, principalmente a vida com Deus.

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Todos nós somos aquele filho pródigo que, um dia, voltou para casa. O abraço misericordioso do Pai nos devolve a vida da graça que o pecado nos havia roubado. “O salário do pecado é a morte” (cf. Rm 6,23) nos lembra o apóstolo. Com o ressentimento, o ódio, a murmuração e as situações mal resolvidas, estamos caminhando para a morte eterna, até que o Pai misericordioso invade o nosso caminho e nos restitui pelo seu amor à vida, na graça que estávamos perdendo. Esse amor de Deus chama-se misericórdia. Assim nos tornamos alvos da misericórdia de Deus; e, um dia alvos dessa misericórdia, agora, precisamos também exerce-la para com os nossos irmãos. Precisamos também ser misericordiosos como o nosso Pai é misericordioso (cf. Lc 6, 36).

Também nos ensinou o Papa Francisco: “Deus jamais se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão. Temos de aprender a ser misericordiosos com todos” (cf. Papa Francisco, Angelus do dia 17 de março de 2013). Se “Deus não se cansa de perdoar”, também nós não nos cansemos de pedir e dar o perdão!

Deus te abençoe!

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