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A importância do leigo na Igreja

A vocação laical se realiza não somente no serviço prestado dentro comunidade paroquial em que está inserido, mas também plenifica sua missão de leigo nas realidades sociais nas quais têm contato diariamente

A Igreja, como um corpo, é constituída por muitos membros, cada qual com suas características próprias que os especificam uns dos outros, destacando assim a sua importância. Nossa Igreja é rica no que se refere à diversidade de ministérios e, desde os inícios de sua fundação, ela é instruída pelos apóstolos de Jesus, que formaram novos discípulos, dando origem à novas comunidades, delegando autoridades episcopais, sacerdotais e diaconais para dirigir o povo no exercício da vivência cristã, os leigos. No  entanto, estes assumem na Igreja nascente o seu papel de colaboradores do Reino, contribuindo materialmente e, espiritualmente, para a expansão do catolicismo, oferecendo até mesmo as suas casas para que as celebrações litúrgicas acontecessem, conforme o testamento de Jesus na última Ceia. 

“O leigo é aquele que se reconhece amado por Deus, amparado e beneficiado por seus representantes na terra (os padres) através dos sacramentos ministrados” | Foto ilustrativa: cancaonova.com

Ao ler o Atos dos Apóstolos, é possível contemplar a atuação de homens e mulheres, casados e solteiros que se tornaram, para os apóstolos e membros do clero, companheiros na missão evangelizadora  do Evangelho de Cristo. Paulo, o Apóstolo dos gentios, estava sempre acompanhado dos leigos, entre eles Áquila e Priscila, sua esposa. “Paulo uniu-se a eles. Como exercessem o mesmo ofício, morava e trabalhava com eles” (Atos 18, 2c – 3). Além de acolherem Paulo em sua casa, eles seguiram em sua companhia em algumas de suas viagens apostólicas: “Depois se despediu dos irmãos e navegou para a Síria e com ele Priscila e Áquila” (Atos 18, 18). Este casal de leigos não temeram em assumir novas responsabilidades na Igreja e na edificação do Reino de Deus. Tendo eles a confiança de Paulo, acolhiam os novos judeus recém-convertidos ao cristianismo e com disponibilidade lhes ensinavam a fé; foram então, uns dos primeiros catequistas da Igreja Católica: “Começou, pois, a falar com desassombro. Como Priscila e Áquila o ouvissem, levaram-no consigo, e expuseram-lhe mais profundamente o caminho do Senhor” (Atos 18, 26). Este trecho dos Atos dos Apóstolos faz menção a Apolo, grande pregador dos gregos.

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Nos dias de hoje não é diferente, os muitos leigos e leigas continuam sendo para a Igreja local (a diocese) e para suas paróquias verdadeiros suportes, auxiliando bispos e padres nas muitas missões e responsabilidades do ofício, oferecendo para a Igreja, em favor do povo, seus dons, talentos, formações acadêmicas, suas residências familiares e principalmente, seu tempo, abrindo mão até mesmo do descanso depois de um longo dia de trabalho para que as  atividades da sua paróquia não fiquem estacionadas. O leigo é aquele que se reconhece amado por Deus, amparado e beneficiado por seus representantes na terra (os padres) através dos sacramentos ministrados e, tendo consciência de sua participação no Corpo Místico de Cristo, se compromete, com gratidão e generosidade, na medida de de suas possibilidades, com o serviço da Igreja, dentro e fora dela, na sociedade em que vive. 

A vocação laical se realiza não somente no serviço prestado dentro comunidade paroquial em que está inserido, como sua atuação nas diversas pastorais (da família, do dízimo, do batismo, carcerária etc), grupos de oração e movimentos, no exercício e ensino da catequese, nas celebrações litúrgicas (ministros extraordinários da Eucaristia, músicos), mas também plenifica sua missão de leigo nas realidades sociais nas quais têm contato diariamente. Sendo assim, o leigo, consciente de sua vocação, comunica e transmite o Evangelho de Jesus Cristo em seu ambiente de trabalho, de estudos, nas ocasiões de lazer, no exercício da cidadania, no núcleo familiar, entre outros. Portanto, em todo e qualquer lugar que um leigo estiver, ele é chamado a ser sal da terra e luz do mundo, sendo para a humanidade sinal do amor e da presença de Deus, que se faz sempre próximo de seus filhos. 

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