Na hora derradeira da vida
Nesta semana, celebramos o Dia de Finados, uma data que nos impele a pensar na morte, no fim, na passagem.
Nestes últimos dois anos, a humanidade inteira contabilizou os números de mortes de uma maneira que “exprimia” os vivos à iminência da morte. Mas, desde que mundo é mundo, desde que o pecado entrou no mundo, nós cristãos entendemos que a morte sempre foi uma certeza para todos os viventes. Por que só agora nos deixarmos amedrontar por essa realidade?
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Quero trazer a perspectiva de Santa Faustina acerca da morte, para que os ansiosos, os que se sentem deprimidos, oprimidos, cansados, aterrorizados e para aqueles que estão em luto por algum ente querido, alargarem seu horizonte e vejam além da finitude terrena.
Veja as palavras da Apóstola da Misericórdia: “Impregnada de Vossa vida divina, olho tranquila para o céu para mim aberto, e a morte envergonhada se afastará de mãos vazias, porque a Vossa vida divina em minha alma é contida”. (D.1393)
O segredo da vida é estar imerso na vida divina, nas coisas do Alto, é preciso estar imerso em Deus! A morte se afastará envergonhada ao se deparar com uma alma em Deus. Mas, “se a vontade de Deus é dar o descanso eterno a esta alma, e ainda que pela Vossa santa vontade, ó Senhor, a morte tenha que atingir meu corpo, desejo que esse desenlace ocorra o quanto antes, porque através dele ingressarei na vida eterna”.
A morte é o ingresso para o lugar “onde ninguém mais vai chorar, ninguém mais vai ficar triste”, “onde todos cantaremos juntos hinos de louvor ao Senhor”! Com os anjos, entoaremos o “aleluia” mais lindo que se possa ouvir!
A nós cabe pedir como Santa Faustina pediu: “Ó Coração Misericordiosíssimo de Jesus, aberto pela lança, abrigai-me na hora derradeira da vida!” (D.813). E ela ainda pediu: “Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de insondável misericórdia para mim, na hora da minha morte! Ó Jesus agonizante, refém da misericórdia, aplacai a ira de Deus na hora da minha morte”.
Um segredo para viver bem e livre do medo da morte é sempre buscar estar preparado para morrer. Buscar uma vida coerente, organizada, sem pendências. Confissão é sacramento da reconciliação, e um reconciliado com Deus tem sempre esperança, não tem medo, pois não deve nada! Para isso, é importante estar em estado de graça, sem pecado mortal, buscar a confissão, estar em comunhão com Cristo Jesus!
Em cada Ave-Maria que rezamos, pedimos por agora e na hora de nossa morte! De mãos dadas com Maria, Mãe medianeira, vamos a Jesus, que é a ressurreição e a vida! E ainda que morra, aquele que crê n’Ele, viverá! (cf. Jo11,25)
Daniela Miranda
Missionária da Comunidade Canção Nova