É PROIBIDO ESTACIONAR!

E se a minha vida de oração estagnar?

Somos peregrinos, peregrinos de esperança, como nos lembrou o Papa Francisco por ocasião da abertura do Ano Santo da Esperança. Estamos a caminho. Seguimos na estrada da Vida, sem saber o tempo que temos, sabemos apenas que precisamos dar passos rumo a meta que é contemplar definitivamente a face de Deus.

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Vida de oração é esse diálogo simples com Deus, mas que facilmente nos esquecemos. É a busca da sua presença para que participe da nossa vida porque é o Senhor e dono de tudo o que somos e temos. Ele que nunca nos abandona, independente do que nos acontece. A oração precisa ser esse combustível que sustenta a caminhada, a bússola que indica o caminho, o diálogo com Aquele que caminha conosco e que perpassa todos os acontecimentos, atividades e trabalhos do dia.

A vida precisa ser uma oração. Tudo deve estar centrado nela, nesse relacionamento com Aquele que nos criou e para Quem caminhamos. Ele é o centro, deve ser o primeiro.

O Catecismo da Igreja Católica trás algo muito interessante no seu número 2559, nos questionando: “De onde é que falamos, ao orar? Das alturas do nosso orgulho e da nossa vontade própria, ou das «profundezas» (Sl 130, 1) dum coração humilde e contrito? Aquele que se humilha é que é elevado (3). A humildade é o fundamento da oração.”

Muitas vezes podemos estagnar na nossa vida de oração pela falta de humildade. Porque buscamos a Deus somente por aquilo que desejamos que realize, tendo como fundamentos nossas vontades e não o amor a Ele.

Como não estagnar na vida de oração? Amando a Deus!

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Quanto mais amamos alguém mais queremos sua presença, mas queremos o contemplar, conhecer, admirar, desfrutar de momentos junto à pessoa amada. Ela é importante e por isso desejamos que esteja sempre presente, se não for possível fisicamente, ao menos no coração, na mente. “Amarás ao Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Dt 6, 5).

Se amamos, dificilmente esquecemos. Se esquecemos é porque a dispersão tomou conta do coração. Vivemos em um mundo que é expert em nos dispersar e roubar nossa atenção do essencial.

Mas você pode me dizer: Perdi-me! É possível retomar, é possível recomeçar?

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É claro! Somos amados, filhos do Pai das Misericórdias, que não se cansa de perdoar e está sempre esperando que voltemos e desfrutemos de Sua presença e seu amor! Humilhar-se é reconhecer nossa pequenez e a grandeza de Deus é um dos caminhos apontados pela própria Mãe Igreja. Reconhecer-se falho é humildade. Só não podemos estacionar! Retomemos nossa vida de oração!

Há um caminho que precisa ser percorrido corajosamente!