Partilha da Palavra: 1Ts 4,13-18; Sl 95(96); Lc 4,16-30;
A comunidade de Tessalônica estava apreensiva e em dúvidas sobre a vinda do Senhor, por isso, Paulo escreveu essa carta para tranquilizá-los e fazê-los voltar a ter esperança da ressurreição, da mesma forma como Cristo morreu e ressuscitou.
No Evangelho, Jesus foi à sinagoga como de costume, levantou-se, tomou o livro do profeta Isaías e leu o trecho que falava do Messias. Após sentar-se, declarou que aquela Palavra acabava de se cumprir.
Com isso, iniciou-se um burburinho: “Mas Ele não é o filho do carpinteiro?”. Então, Jesus aproveitou a oportunidade para dizer que um profeta não é bem aceito em sua pátria, depois, o Senhor citou os casos da viúva de Sarepta; e de Naamã, o sírio, pagãos alvos da misericórdia divina que acolheram a Deus.
É claro que, diz o Evangelho, todos ficaram furiosos e expulsaram Jesus da cidade ao ponto de levá-lo para um precipício, mas “Jesus passando pelo meio deles, continuou o seu caminho”.
Para continuarmos o nosso caminho, a partir da liturgia de hoje, precisamos professar a nossa fé e esperança na Ressurreição do Senhor, prosseguir com a nossa caminhada de fé e precisamos assumir quem somos.
Jesus não teve medo de declarar na sinagoga e assumir as suas obrigações e deveres de Filho de Deus. Porém, Jesus não assumiu a sua identidade de Filho de Deus para se declarar melhor que os outros, mas para servir. Sim, assumamos o que somos, somos filhos de Deus e devemos viver como tais.
Testemunho
Por fim, precisamos aguentar firme as consequências de nossa fé, do que assumimos e prosseguir, mesmo diante das perseguições. Jesus chegou a ser encurralado, quase empurrado para um precipício, porém, Ele enfrentou os seus adversários, passou entre eles e continuou seu caminho.
Não tenhamos medo, coragem! Jesus está conosco. Não tenhamos medo de viver e testemunhar a nossa fé, se formos perseguidos será um ótimo sinal.
Vejamos, as coisas mais difíceis que temos ou alcançamos não foram com muitos sofrimentos? Depois veio a alegria?
Por fim, a perseguição por causa de Cristo é uma bem-aventurança profetizada por Jesus, no sermão da montanha. “Felizes”, “felizes” não pelos sofrimentos, mas “felizes” pelo Reino. Nós até choraremos aqui, porém, em Cristo, na glória viveremos na alegria para sempre.
Padre Márcio do Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova
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