FIQUE ESPERTO!

O pecado tem consequências terríveis

Não existe outra consequência para o pecado senão a morte! (cf. Rm 6,23). E “morte”, aqui, não tem nenhuma relação com aquele evento inquietante e tão temido pela maioria dos seres humanos em que há a separação da alma espiritual com o corpo material. Assim, a morte enquanto consequência do pecado sempre é, em maior ou menor grau, o afastamento de Deus.

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Uma vez que Deus é o autor da vida e aquele que sustenta todo e qualquer tipo de existência, cada passo na direção contrária de Deus representa um passo a mais na direção da morte. Somente por isso deveríamos lutar com todas as nossas forças para permanecermos bem longe do pecado.

“Eu tomo consciência das transgressões que cometo contra Deus?” | Foto ilustrativa: Arquivo CN

Porém, o Papa Francisco chama a atenção para um fenômeno que coloca em sérios riscos a alma dos filhos da Igreja. Fenômeno este, infelizmente, bastante recorrente nos dias de hoje: a falta da consciência do pecado. Se, noutros tempos, os fiéis sabiam discernir com mais consciência o que era transgressão da lei de Deus, atualmente, a consciência tem sido tão obscurecida a ponto de o cristão católico vagar absorto no campo da conduta moral.

É por isso que Antonio Golynsky-Mihailovsky, um arcebispo da Igreja Oriental, certa vez afirmou que aqueles que são capazes de perceber seus próprios pecados é maior do que aquele que viu um anjo, “porque o primeiro tem seu olho espiritual aberto, o segundo ainda vê com um olhar apaixonado”.

Cabe, então, uma pergunta: “Eu tomo consciência das transgressões que cometo contra Deus?”, “busco fazer um exame de consciência verdadeiro e de forma constante”? Não é motivo de vergonha ou constrangimento reconhecer-se pecador, pelo contrário, é o primeiro passo para retornar ao caminho da graça e da bênção de Deus. Saiba que, com ou sem pecado, a Igreja Católica é o seu lugar. Ela pode ser comparável ao coração misericordioso do Pai que recebe com imenso amor todos os seus filhos.

A propósito, o então cardeal Joseph Ratzinger, em sua obra “Ser cristão na era neopagã” afirmou, com todas as letras, que a Igreja não é uma comunidade de pessoas que “não precisam de médico”, mas uma comunidade de pecadores convertidos que vivem na graça do perdão, transmitindo-a aos outros.

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É sempre hora de recomeçar e fazer o que fez o filho pródigo de que narram os evangelhos: voltar para os braços do Pai. Mesmo humilhado pelo pecado, faminto e com as roupas rasgadas, o Pai o recebeu como que recebesse a pessoa mais importante da face da Terra. E ele, o jovem, de fato o era (cf. Lc 15,11-32). Havia, da parte do jovem, porém, o arrependimento verdadeiro. Isso foi o suficiente para que o Pai o acolhesse, perdoasse-o e desse a ele toda a dignidade de filho.

Assim acontece com cada um de nós. Não importa o que fizemos ou a que ponto chegamos, sempre é possível voltar para os braços do Pai. Ele está lá (…), na varanda de casa nos esperando. Seus olhos não deixam de fitar a última curva da estrada que dá para a sua casa. Quando você apontar na curva da estrada, avistará aquele que te espera com os braços abertos.

A hora de voltar é agora!

Deus abençoe você!
Até a próxima!

Gleidson Carvalho
Seminarista Canção Nova

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