Medite

Quem confia no Pai das Misericórdias não será envergonhado

As Escrituras registram por mais de duzentas e cinquenta vezes a palavra Misericórdia, tanto no primeiro quanto no segundo testamento ela vai sendo citada nos diversos momentos da história de relacionamento entre Deus e os homens.

“A misericórdia é o maior atributo de Deus, um mover do Coração do Pai que ama ou melhor, que é amor.” (1Jo 4,7)

Se você observar os feitos de Deus, chegará à conclusão de que: tudo o que foi feito para a humanidade foi em vista de escancarar um amor que só N’Ele conseguimos encontrar.

Foi por misericórdia que Deus deu à Adão, sua esposa, Eva. Foi por misericórdia que Deus entregou à Moisés as tábuas da Lei para sustentar a Aliança firmada com Seu povo. Foi por misericórdia que Deus poupou a humanidade do extermínio absoluto quando perguntado seguidamente por Noé. Foi por misericórdia que Deus preservou Daniel quando injustamente foi lançado na cova dos leões… E tantos outros exemplos não só nas Sagradas Escrituras como também na vida dos santos e na vida da Igreja compõem a misericórdia do Pai.

“A confiança no Pai é o que faz o Pai entregar os favores de Pai!”

Porém, algo que é extremamente relevante e, por vezes, passa despercebido – principalmente em situações de extrema adversidade e que exigirá de nós como filhos -, é a confiança. Sim, a confiança exercida em situações críticas e desfavoráveis mostra o grau de credibilidade que o Pai recebe de você. Quando Jesus ensinou a Faustina a rezar o Terço da Misericórdia, Ele foi bem didático e, após as jaculatórias e invocações que fazemos, o terço é encerrado com um entusiasmado: “Jesus, eu confio em Vós”. Como nosso coração pode se revigorar ao proclamar isso, quantos podem ser levantados depois de assumirem essa palavra. Porém, é preciso compreender, caro irmão leitor, que dizer: “Jesus, eu confio em Vós”, é mais fácil do que realmente confiar. Dizer é importante, confiar é indispensável.

A confiança no Pai é o que faz o Pai entregar os favores de Pai!

Costumamos valorizar os princípios das relações humanas; e nesses princípios estão a confiança, o que é realmente importante. Se encaramos as relações humanas tendo por base a confiança, por qual motivo vamos abrir mão dessa mesma confiança quando nos dirigimos a Deus? É no mínimo contraditório. Esperar que o Pai confie em nós quando nos arrependemos ou quando queremos recomeçar, abre espaço para que nós confiemos n’Ele quando as coisas não estão sob nosso controle nas situações que nos cercam.

Se você pesquisar a vida dos homens e mulheres que se lançaram em absoluta confiança nas mãos do Pai, observará que eles não foram poupados de serem visitados por sofrimentos, constatará também que sofreram perdas e derramaram lágrimas, mas chegará a conclusão de que: porque confiaram, ao final, eles todos não foram envergonhados. Permita que a sua vida seja pautada pela confiança inabalável no Pai das Misericórdias, sem dúvidas, misericórdia e confiança caminham juntas na relação de quem quer o Céu influenciando a terra.

Evandro Nunes
Membro da Renovação Carismática Católica na Diocese de Santo Amaro (SP)

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