Em clima de festas juninas, a Igreja celebra a cada ano, no dia 29 de junho, a solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo, cujo martírio pela causa do anúncio de Cristo Jesus nos encoraja a perseverar na fé mesmo quando enfrentamos provações.
Enquanto em muitas partes do mundo esta solenidade litúrgica é celebrada no próprio dia 29 de junho, mesmo que seja um dia comum da semana, no Brasil, a solenidade é transferida para o domingo, a não ser que o dia 29 de junho coincida com o domingo. De todos os modos, eu gostaria de destacar um trecho do prefácio da Missa, visto que tal oração apresenta um resumo da missão destes dois apóstolos.
“Hoje, vós nos concedeis a alegria de festejar os apóstolos são Pedro e são Paulo. Pedro, o primeiro a proclamar a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o evangelho da salvação. Por diferentes meios, os dois congregaram a única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, por toda a terra, igual veneração”.
Iluminados por esta oração da Igreja, o que podemos aprender com Pedro e Paulo?
Pedro nos ensina a importância da fidelidade à Igreja fundada por Cristo Jesus, a Igreja cujo fundamento é a profissão de fé de Pedro e dos demais apóstolos. A fé de Pedro e dos apóstolos é aquela que professamos no Credo, e que nos ajuda a viver de acordo com a verdade da salvação.
Por sua vez, o apóstolo Paulo nos ensina que a Igreja é missionária, e que todo cristão deve ser um discípulo missionário de Jesus Cristo, comprometido com o anúncio da Palavra da salvação, de modo a manifestar a vida do Reino de Deus no mundo, na vida das famílias, a começar do coração de cada pessoa humana.
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A solenidade de Pedro e Paulo nos convida também a renovar nosso afeto filial ao Santo Padre, o Papa Francisco. Ele foi escolhido por Deus para guiar a barca da Igreja nos difíceis tempos que vivemos. Nosso afeto filial ao sucessor de São Pedro deve se expressar em forma de oração, como ele mesmo com insistência e humildade nos pede: “Não se esqueçam: rezem por mim”.
Outra forma de expressar nosso afeto filial ao Papa Francisco é através do Óbolo de São Pedro, ou seja, a oferta que somos chamados a dar nas Missas desta solenidade. Tal oferta depois se reverte em gestos concretos de caridade, quando o Santo Padre generosamente presta ajuda a pessoas carentes e instituições de caridade. Vamos contribuir, honrando assim a memória dos apóstolos Pedro e Paulo.
Padre Wagner Ferreira da Silva
Vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias