Padre Márcio

Temos noção do perigo?

Qual é a nossa preocupação enquanto cristãos?

Partilha da Palavra: At 5,27-33; Sl 33; Jo 3,31-36

Os apóstolos foram levados diante das autoridades religiosas, o Sinédrio, e o sumo sacerdote relembrou-os sobre a proibição em ensinar no nome de Jesus e acusá-lo por Sua Morte. Com isso, Pedro tomou a frente, disse que era preciso obedecer antes a Deus do que aos homens, e aproveitou para, mais uma vez, pregar/testemunhar a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.

A reação das autoridades judaicas foi de uma grande fúria para com aqueles homens simples, mas cheios da graça do Espírito Santo. Os apóstolos não estavam preocupados em agradar aos homens, não estavam preocupados em preservar a vida; a única preocupação deles era anunciar Jesus Cristo vivo, ressuscitado.

No mundo em que vivemos, na situação em que nos encontramos, qual é a nossa preocupação enquanto cristãos? Queremos agradar aos homens? Queremos poupar nossa vida dos sofrimentos? Pensamos na vida eterna? Os apóstolos aprenderam, direitinho, com Jesus, pois eles até cuidavam da vida aqui, porém, com o olhar para a eternidade. Por isso, fizeram tantos esforços para anunciar a Salvação/Jesus e não se importavam em perder a vida, pois tinham muito claro que, se morressem por Cristo, estariam fazendo o maior bem para si e para aqueles que os escutassem.

:: O Fogo sobrenatural

O Evangelho, do qual os apóstolos estavam imbuídos, ensinava-os a buscar o Alto. Eles acolheram o testemunho de Jesus, e por isso acolheram o Pai que o havia enviado. Jesus deu testemunho do Pai, e o Pai deu testemunho d’Ele: “este é meu filho amado, escutai-o”, relatou o evangelista (Mc 9,7) na transfiguração.

Assim, estava claro na cabeça e no coração de cada apóstolo: “Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele” (Jo 3,36). Então, se para entrar na vida eterna era necessário acolher Jesus e o Pai, eles não tiveram dúvidas, e Jesus lhes disse para pregarem essa verdade a todos.

Hoje, será que temos a clareza de que, se não acolhermos Jesus, não seremos salvos? Será que sabemos do risco que corremos de levar um vida “mais ou menos”, podendo perder o céu? Os discípulos aprenderam tão bem que não faziam conta da própria vida, e fizeram de tudo por causa da Verdade, do Caminho e da Vida: Jesus. Com exceção de João, todos os apóstolos morreram mártires. Por que morrer por uma pessoa? Por que não fazer a própria vontade? Por que e para que doar a própria vida?

Por amor 

Primeiro, por amor a Cristo; depois, em vista da salvação, porque precisamos até ter o cuidado de “dar a vida por interesse”, até mesmo um interesse bom na vida eterna. A vida precisa ser doada a Deus, primeiro, por amor.

Precisamos aceitar Jesus, hoje, acolher os mandamentos do Senhor.

Por fim, que o Senhor possa nos convencer de que não podemos brincar de ser cristãos, não podemos deixar para amanhã a conversão. Precisamos aceitar Jesus, hoje, acolher os mandamentos do Senhor.

Se, por acaso, você não é batizado e lê, agora, essas palavras, convido você a buscar, urgentemente, o batismo em sua paróquia, ou ligar lá para saber como receber o batismo. Acredito que você fez uma experiência ao ler essas palavras.

Acolher e viver o Evangelho é acolher a salvação. E que, ainda convencidos e imbuídos como os apóstolos, levemos uma vida santa conquistando almas para o Reino dos Céus.

Pai das Misericórdias e Deus de toda consolação, ouvi-nos!

Padre Márcio Prado
Vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias

Leia mais:
:: O que é o Sacramento da Ordem
:: Levar uma vida no Espírito
:: Aproxime-se de Deus e sinta o aconchego Dele

Deixe seu comentários

Comentário