“Que Cristo habite pela fé em vossos corações” (Ef. 3,17)
A conversão de Paulo de Tarso é uma demonstração do amor e da misericórdia de Deus, pois o Senhor espera que todos se arrependam de seus pecados e voltem seu coração para Ele. A história de Saulo, que depois se tornou Paulo, mostra a conversão de um perseguidor, que passou a ser seguidor de Cristo.
A procura
“O Deus de nossos pais te predestinou para conheceres a sua vontade” (At 22,14)
Saulo era judeu, natural de Tarso da Cilícia, instruído com toda exatidão na lei dos antepassados aos pés de Gamaliel (cf. At 22,3). Homem bem formado e estudado, acreditava estar totalmente na verdade. Mas, como toda pessoa que ainda não se encontrou com Cristo, Saulo procurava sem encontrar, o que só o Senhor poderia lhe dar. No entanto, Deus já preparava um encontro decisivo, em que Saulo encontraria definitivamente “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).
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A conversão
“Que devo fazer, Senhor?” (At 22,10)
O Livro dos Atos dos Apóstolos narra que Saulo estava a caminho de Damasco para prender os discípulos do Senhor, mas, estando perto daquela cidade, de repente, ele viu uma luz celeste, caiu por terra e ouviu o Senhor que lhe perguntou: Saulo, Saulo, por que me persegues? Saulo responde: Quem és? O Senhor lhe diz: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Após essa experiência, Saulo levanta-se, e, a partir desse momento, irá se tornar o instrumento escolhido para difundir o nome Jesus Cristo (Cf. At 9,1-19). Santo Agostinho disse: “Paulo foi derrubado para ficar cego, tornou-se cego para ser mudado, foi mudado para ser enviado, e foi enviado para que a verdade aparecesse”.
O apostolado
“Tu hás de ser sua testemunha, diante de todos os homens, do que viste e ouviste” (At 22,15).
A experiência com Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor, naturalmente nos torna evangelizadores, anunciadores do que vimos e ouvimos. São Paulo, depois da sua conversão, passou a viver da fé no Filho de Deus e ensinava: “Proclama a palavra, insiste oportuna e inoportunamente, repreende, admoesta, exorta com toda a paciência e pedagogia” (2Tm 4,2). Ele foi pregador e também escreveu várias Cartas para as comunidades, onde instruía a permanecerem firmes no Caminho que é Jesus Cristo.
Portanto, Deus, nosso Salvador, “quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Que possamos dizer com a vida como São Paulo: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).