Em todas as paróquias do país, em outubro, celebra-se o Mês Missionário, que ressalta a missão de todo cristão de comunicar Jesus e a boa nova que Ele veio trazer. Inúmeros são os consagrados que deixam seus lares, amigos e familiares para se dedicar a uma obra de evangelização. Este ano, o tema escolhido para o mês missionário é: “Jesus Cristo é missão” e a inspiração bíblica é: “Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4,20)”. Desse modo, a Igreja se esforça para despertar a consciência missionária dos batizados e ajudá-los a perceber que todos são responsáveis pela construção do Reino de Deus.
Danúbia Gleisser Ferreira, jornalista e missionária da Comunidade Canção Nova, relata que o desejo de ser missionária surgiu em 2003 durante o Retiro de Carnaval da Renovação Carismática Católica, realizado em sua cidade natal, Lavras (MG). Danúbia sentiu que Deus lhe chamava a uma vida consagrada, mas não sabia em qual congregação, ordem ou comunidade Ele a queria.
O tempo foi passando e ela continuou sentindo aquela inquietação interior. Um dia, assistindo à TV Canção Nova, no ano de 2011, no momento da comunhão de uma celebração eucarística, sentiu o chamado para fazer o caminho vocacional para a Comunidade Canção Nova. “Entrei na Canção Nova em 2015 e já estou na Terra Santa há 2 anos e 7 meses, onde atuo como jornalista do Canção Nova Notícias e do Christian Media Center, ligado aos franciscanos, e sinto que é na Canção Nova o lugar que Jesus me quer servindo’’, relata.
Assim como Danúbia, foi na adolescência que Roger Ferrari teve seu encontro pessoal com Jesus. Aos 15 anos participou de um retiro e sentiu que Deus o chamava para algo, mas não sabia o que era. Aos 16, 17 anos, discernindo qual curso ou faculdade fazer, namorando e vivendo “n” questionamentos, sentiu-se chamado a ser missionário quando assistia à TV Canção Nova.
Nesse período Roger mudou-se para Cachoeira Paulista (SP), para iniciar os estudos de Rádio e TV, aos 17 anos, na Faculdade Canção Nova. Foi quando começou a ser voluntário na TV Canção Nova, no primeiro semestre de faculdade, passando depois a estagiário e, finalmente, contratado, antes de ser membro da Comunidade. Nesse tempo começou a perceber que Deus lhe chamava a investir a vida na evangelização e, nesse percurso, foi também sentindo que Deus lhe chamava a dar mais de si. ”A Canção Nova veio no caminho de Deus para que eu concretizasse esse ser missionário, me doar na missão”, afirma.
Ambos enfrentaram dificuldades e desafios na caminhada, como relata Danúbia: ”Como sou filha única, meus pais me apoiaram na minha decisão de ser missionária, porém, a aceitação aconteceu de maneira mais concreta depois que eles foram me visitar na Casa de Formação Inicial da Canção Nova em Lavrinhas (SP) e viram que de fato eu estava bem e muito feliz’’, afirma.
Roger, que trabalha como cinegrafista e editor de TV em Jerusalém, diz que: ”o maior desafio foi ter deixado tudo, meus projetos e planos, minha marca de camisetas católicas, minha dependência financeira, meu carro, meu apartamento, minha família mais uma vez, pois já morava fora. Esse abandonar-se nas mãos de Deus e não ter ciência e nem noção de onde Ele iria me levar foi meu maior desafio”, relata.
Renúncia e oração
“Corresponder a uma vocação é viver várias descobertas: do lugar onde Deus te quer para servi-lo, descoberta de si próprio. E para aqueles que desejam corresponder a um chamado é preciso viver a renúncia e a oração, depois disso é só abrir às surpresas de Deus, pois Ele tem o melhor para todos nós’’, afirma Danúbia. “O bonito é perceber que o chamado de Deus é irrevogável e que a Canção Nova é uma obra de Deus, usando pessoas como servos e servas para serem capacitados, a cada momento, para atuar nesta Companhia de Pesca para o Reino Celestial”.
“E todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna (Mateus 19,29)”.
Fernando Inácio
Assessoria de Comunicação
Santuário do Pai das Misericórdias