Não percamos a oportunidade de ser santos nos pequenos atos da nossa vida, vivendo o martírio de cada dia
Somos chamados à santidade, e nesse caminho rumo à eternidade, precisamos viver um processo de mortificação, purificação e conversão. Conhecemos a história de alguns santos da Igreja que morreram para defender a sua fé e não negaram Cristo. Não podemos parar no achismo de que a santidade é apenas para algumas pessoas, que o martírio é apenas o martírio de sangue do qual se escolhe morrer para não negar a fé.
:: Toda pergunta precisa ser respondida
Martírio Vermelho é aquele no qual os cristãos são chamados a dar testemunho da sua fé com derramamento de sangue, perseguições sistemáticas em função da ideologia comunista, que é anticristã ou ainda o fanatismo religioso. Milhares de cristãos têm deixado suas casas na Síria e se refugiado em outros países vizinhos.
O martírio branco se dá quando deixamos morrer nossas vontades para viver uma vontade mais sublime, o amor ao próximo.
São João Paulo II nos explica, em seu livro ‘João Paulo II – estou nas mãos de Deus’, o que é exatamente o martírio branco:
– “martírio sem derramamento de sangue, em meio às perseguições”.
Ao longo do nosso dia e da nossa vida, temos oportunidades para viver o martírio branco, como ser sereno diante de uma dor ou doença, tolerar e tentar compreender as pessoas difíceis de se conviver, levar esperança diante de pessoas que estão na escuridão, ser o porto seguro para uma criança, resistir às tentações, sorrir para fazer brotar o sorriso no rosto dos outros, tentar ser verdadeiro sempre, envelhecer com ternura e deixar a rabugice de lado, praticar a justiça e a honestidade mesmo sem levar vantagens com isso, procurar não se irritar no trânsito, cumprir com os horários, deixar de fazer as muitas coisas do dia a dia que parecem tão importantes para se dedicar por algum tempo a ouvir pessoas que estão esquecidas ou abandonadas, dessa forma deixar morrer nossas vontades para viver o amor ao próximo.
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Papa Francisco, na sua exortação apostólica Gaudete et Exsultate sobre a chamada à santidade no mundo atual, nos ensina que para ser santo não é necessário ser bispo, sacerdote, religiosa ou religioso, mas todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra.
O desejo de Deus é que todos nós sejamos salvos, por isso deu seu Filho único para nos salvar na cruz. Agora é a hora de fazermos a nossa parte para adentrarmos o céu. Não percamos a oportunidade de sermos santos nos pequenos atos da nossa vida, vivendo o martírio de cada dia, morrendo para nossas vontades e vivendo a vontade sublime, que é amar o próximo.
Todos os dias, vivemos situações de conflito que, muitas vezes, nos tiram a paciência ou nossa paz interior, eis aí oportunidades de darmos uma resposta diferente e usarmos essas situações para sermos melhores e morrermos para nossas vontades. Que o Senhor nos ensine, neste percurso rumo ao céu, a não perdermos tempo e sermos santos no agora, no hoje, nos pequenos atos do nosso dia, da nossa vida, porque Ele logo virá, e nós precisamos estar prontos.
Não nos esqueçamos do que nos ensina o Papa Francisco:
A vida cristã é uma luta permanente. Requer força e coragem para resistir às tentações do demônio e anunciar o Evangelho. Essa luta é magnífica, porque nos permite cantar vitória todas as vezes que o Senhor triunfa na nossa vida.
Que Maria seja nosso auxílio, que possamos aprender a recorrer sempre a ela que se faz presente em nossa vida de modo real e discreto.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém!
Deus os abençoe!