O Pai nos criou, o Filho nos salvou e o Espírito nos santificou

Cada um tem o Seu papel: o Pai nos criou, o Filho veio para nos salvar e o Espírito Santo veio em nosso socorro para nos santificar

Hoje, comemoramos a festa do Pai das Misericórdias, a Solenidade da Santíssima Trindade. Contudo, Jesus não falou explicitamente a respeito da Santíssima Trindade, que é um mistério para nós.

Jesus revelou o Pai, Deus criador. Em Levítico, Êxodo e Deuteronômio vemos a presença do Senhor, que caminha com Seu povo. Os profetas falam a respeito desse Deus salvador, libertador e do Filho amado que seria enviado até nós. Jesus nos prometeu que, após Sua Ressurreição, enviaria sobre nós o Seu Espírito Santo. Estamos vivendo o tempo do Espírito Santo, o tempo dos Atos dos Apóstolos, pois continuamos a escrevê-lo.

“Então Jesus aproximou-se e falou: ‘Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo’” (Mt 28,18-19). Esse mandato de Jesus continua a ressoar em nossos ouvidos. Fomos batizados em nome da Trindade Santa, e a vida da Igreja gira em torno dela, dessas três Pessoas, que têm uma única natureza, um único Deus. Nosso Senhor veio revelar o Pai e prometeu que, após cumprir Sua jornada na Terra, enviaria Seu Espírito Santo.

Com a vinda do Paráclito, coroamos a Santíssima Trindade, a qual tem conduzido cada um de nós e na qual devemos nos espelhar para continuar nossa caminhada na Terra. Na Trindade, temos a unidade, a comunhão e a fraternidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Cada um tem o Seu papel: o Pai nos criou, o Filho veio para nos salvar e o Espírito Santo veio em nosso socorro para nos santificar.

Quando refletimos sobre o mistério da Santíssima Trindade, vemos a comunhão em Deus. É preciso que haja o mínimo de comunhão entre nós para que os frutos apareçam em nossa vida e em nossa caminhada. Nas nossas famílias precisamos gerar unidade, assim como dentro da Igreja e da sociedade à qual estamos inseridos. Não somos e não seremos perfeitos, mas precisamos nos espelhar na Trindade Santa para que sejamos conduzidos em nossa caminhada, pois ela nos revela a comunhão perfeita entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Na primeira leitura de hoje, lemos que Moisés quis deixar muito claro para seu povo que Deus estava com eles para salvá-los e libertá-los; ao mesmo tempo, ele exortou a comunidade, afirmando que era o único Deus. Vamos alcançar a terra que Ele prometeu ao povo de Israel e promete a cada um de nós quando observarmos os mandamentos do Senhor.

Nesse mistério da Santíssima Trindade, precisamos, mais do que nunca, pedir a comunhão. Muitos dos nossos pais já se foram. Nossos pais aqui na Terra revelam um pouco da Santíssima Trindade. O Pai e o Filho Jesus nos dão a graça do Espírito Santo.

Muitos de nós deixamos o Pai um pouco de lado, ficando apenas com Jesus. Nesse tempo, dedicado ao Pai das Misericórdias, o nosso Deus quer que nos acheguemos a Ele, porque Ele é próximo de nós.

Todos nós necessitamos da misericórdia do Pai, um Deus que não é distante. Todos somos pecadores e, muitas vezes, somos como o filho pródigo, que sai de casa, gasta seus bens e se revolta, mas o Senhor continua nos esperando com Seu amor para nos salvar. Deus nos amou tanto, que enviou o Filho ao mundo para morrer por cada um de nós.

Mais do que nunca, precisamos nos achegar ao coração do Pai, precisamos acolher o abraço do Pai que quer nos dar uma nova chance.

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