"Temos testemunhado a nossa fé?", questiona padre Wagner

Padre Wagner Ferreira celebra Santa Missa no segundo dia do tríduo em preparação para festa do Pai das Misericórdias. Confira a homilia:

Irmãos, que graça celebrar, nesta noite, o segundo dia do tríduo em preparação para festa do Pai das Misericórdias! Deus comunica Sua graça por meio da Palavra.

Entre nós, há quem possua quadros em casa, e o quadro é composto da moldura que o contorna. Hoje, o Evangelho nos traz como moldura o fato que ocorreu com a figueira.

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No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus teve fome. De longe, Ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos. Então, Jesus disse à figueira: “Que ninguém mais coma de teus frutos”. E os discípulos escutaram o que Ele disse.

Depois, São Marcos narra que Jesus começou a expulsar os que vendiam e compravam no Templo. Em seguida, ao retornar para perto de Seus discípulos, Ele viu a figueira seca. Essa é moldura do quadro.

Dentro do quadro, está Jesus, que expulsou os vendilhões do Templo, pois se deparou com uma religiosidade falsa. Aqueles homens estavam secos como aquela figueira que aparentava dar frutos.

Nós devemos nos perguntar: temos produzido verdadeiros frutos de fé e misericórdia? Ou a nossa vida religiosa é baseada em atitudes vazias?

Para crescermos na fé, é muito importante que tenhamos momentos de oração em assembleia, que cultivemos as orações pessoais e até mesmo a devoção a um santo. Isso deve nos ajudar a testemunhar nossa fé. Contudo, devemos levar a prática concreta do amor ao próximo; caso contrário, seremos como a figueira, que aparentemente dava frutos, mas que não os dava. Nós estamos dando frutos em nosso ambiente de vida social, no trabalho e na escola?

Jesus, neste Evangelho, ainda diz aos discípulos: “Tenhais fé”.

Escutamos na primeira leitura: “Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações. Outros não deixaram lembrança alguma, desaparecendo como se não tivessem existido. Viveram como se não tivessem vivido, e seus filhos também, depois deles. Mas estes, ao contrário, são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos. Eles permanecem com seus descendentes; seus próprios netos são a sua melhor herança”.

Meus irmãos, devemos pedir ao Senhor que sejamos homens de misericórdia. Olhando o nosso mundo, quantos irmãos esperam de nós um testemunho forte de fé, produzido pelos frutos! Se vão recordar de nós no futuro, tanto faz. O importante é que, hoje, frutifiquemos com as obras de misericórdia em nossa vida.

Nossa prática religiosa não pode ser aparente como a figueira. A partir de hoje, pela graça de Deus, tomamos a decisão de manifestar ao mundo esse Pai de Misericórdia. Peçamos que Ele venha em auxílio às nossas fraquezas e que vivamos coerentes com a nossa fé.

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