"Tu és Pedro..." A nossa fé na infalibilidade Papal

Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja

O Papa é sucessor de São Pedro no governo da Igreja católica. Tem autoridade sobre todos os fiéis católicos e sobre toda a hierarquia eclesiástica, incluindo o Concílio Ecumênico. Ele é infalível quando define alguma verdade “ex-cathedra” (do trono), em assuntos de fé e de moral. Esta infalibilidade foi declarada no Concílio Vaticano I em 1870 (Constituição “Pastor Aeternus”).

:: Mandamentos da serenidade de XXIII

O nosso Catecismo diz:
“Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação em sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade. Pelo “sentido sobrenatural da fé”, o Povo de Deus “se atém indefectivelmente à fé”, sob a guia do Magistério vivo da Igreja” (n.889).
“Cristo dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes” (n.890). “Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do colégio dos Bispos, por força de seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé ou aos costumes… A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro”, sobretudo em um Concílio Ecumênico” (n.891).

“E eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. ” | Foto ilustrativa: Matías Medina via Cathopic

Os livros da vida dos santos de Roma afirmam que foram mártires todos os Papas anteriores a Silvestre I (315-335) por causa da perseguição romana que só terminou em 313 com o Edito de Constantino.

Ao instituir a Igreja, a partir do Colégio dos Doze Apóstolos, Jesus o quis como um grupo estável e escolheu Pedro para chefiá-lo. (cf. Mt 16,16; Jo 21,15-17).

O Código de Direito Canônico da Igreja diz:
“O Bispo da Igreja de Roma, no qual perdura o múnus concedido pelo Senhor singularmente a Pedro, primeiro dos Apóstolos, para ser transmitido a seus sucessores, é a Cabeça do Colégio dos Bispos, Vigário de Cristo e, aqui na terra, Pastor da Igreja universal; ele, pois, em virtude de seu múnus, tem na terra o poder ordinário supremo, pleno, imediato e universal, que pode sempre exercer livremente”( Cân.331).

Leia também:
:: Há pecado que não possa ser perdoado?
:: Quais sinais que você procura?
:: O pouco com Deus é muito

Diz o Catecismo: “Somente a Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu como a pedra da sua Igreja. Entregou-lhe as suas chaves, instituiu-o pastor de todo o rebanho” (§º 881).

“E eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,18-19).

Nessas palavras de Jesus, Ele garante a infalibilidade do Papa quando proclama um dogma (uma verdade de fé que não pode mudar), quando proclama a santidade de algum santo etc.

No primeiro encontro que Jesus teve com Simão, trocou-lhe o nome para “Kefas”, que quer dizer Pedro, o mesmo que pedra em aramaico. (Jo 1,40ss)”. É importante observar que, “no primeiro encontro” com Simão, Jesus “fixa nele o olhar” e muda o seu nome para Pedro. Isto não foi sem razão. Na Bíblia, quando Deus muda o nome de alguém, é porque está dando a essa pessoa uma missão. Mais tarde, Jesus vai lhe chamar de Pedro, Pedra, Kefas.

Após a Ressurreição, Jesus confirma Pedro como o pastor de todo o rebanho. “Apascenta as minhas ovelhas”.
São João Crisóstomo (†407), bispo de Constantinopla, doutor da Igreja, um dos santos mais importantes do Oriente, dizia que: “No interesse da paz e da fé, não podemos discutir sobre questões relativas à fé sem o consentimento do Bispo de Roma”. A Igreja na antiguidade nunca duvidou da infalibilidade do Papa.

Pecado original

Santo Agostinho, após a condenação do Pelagianismo, a heresia que desprezava a graça de Deus e negava o pecado original, no sínodo do ano 416, com a concordância do Papa Inocêncio I, pronunciou a frase que ficou célebre na Igreja: “Roma locuta, causa finita!” (Roma falou, encerrada a questão!)

Na Encíclica “Mystici Corporis Christi”, o Papa Pio XII mostrou muito bem que aqueles que não se ligam à Cabeça visível da Igreja também não se ligam a Cristo, Cabeça da Igreja: “Há os que se enganam perigosamente, crendo poder se ligar a Cristo, cabeça da Igreja, sem aderir fielmente a seu Vigário na terra. Porque suprimindo esse Chefe visível, quebrando os laços luminosos da unidade, eles obscurecem e deformam o Corpo místico do Redentor a ponto de ele não poder ser reconhecido e achado dentro dos homens, procurando o porto da salvação eterna”.

Certa vez, São João Bosco teve um sonho profético. Viu o mar agitado pelos ventos e uma batalha acontecendo. No meio da tormenta, ele viu uma grande nau dirigida pelo Papa, atravessando o oceano agitado. Duas correntes saiam de cada lado da barca e a prendiam em duas fortes colunas de alturas diferentes. Sobre a mais alta ele viu a Sagrada Hóstia num ostensório, estando escrito na sua base as palavras “Salus credentium” (Salvação do que crêem). Sobre a outra coluna ele viu a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, e na base as palavras: “Auxilium Christianorum” (Auxiliadora dos Cristãos).

Deus mostrou a Dom Bosco e a nós que essas são as três salvaguardas principais da Igreja, que não permitirão jamais as portas do inferno a vencerem: a Eucaristia, Maria e o Papa.

Deixe seu comentários

Comentário